CARLOS PATROCÍNIO RELACIONA EDUCAÇÃO E CRESCIMENTO ECONÔMICO



O senador Calos Patrocínio (PFL-TO) relacionou em plenário nesta segunda-feira (dia 12) o nível educacional da população ao crescimento econômico do país. Ele divulgou estudos realizados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que analisam a estreita vinculação entre desenvolvimento e educação. Segundo o Ipea, um ano a mais de estudos pode significar uma taxa de crescimento de 0,35%.
- Hoje a média de tempo de educação da população fica em torno de cinco anos e meio. Conseguindo elevá-la para oito anos, teríamos um aumento da renda per capita de quase um ponto percentual. A taxa de exportações se elevaria em 1,8%. O nível do salário nas indústrias subiria 2,1%. Teríamos benefícios em vários indicadores sociais, como redução na taxa de mortalidade e crescimento da população - expôs o senador.
Patrocínio classificou a educação como fundamental para melhorar a distribuição de renda e favorecer a mobilidade social, mas reconheceu que o investimento no setor não tem retorno imediato.
- Um investimento demora anos, talvez décadas, para mostrar resultados. É por isso que o tempo urge, quando se trata de introduzir mudanças na educação - afirmou, apontando, porém, para os avanços obtidos no governo Fernando Henrique Cardoso, sob a gestão do ministro da Educação, Paulo Renato Souza.
O senador mencionou ainda o aumento de matrículas no ensino fundamental, que subiram de 86% em 1994, para 96% em 1999. De acordo com Carlos Patrocínio, o analfabetismo está caindo, as matrículas no ensino médio cresceram 57% em cinco anos, as dificuldades regionais estão diminuindo e nos últimos cinco anos o ensino superior cresceu 28%.
- Há que se fazer menção à criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério, o Fundef, que alterou os mecanismos de financiamento da educação, especialmente do ensino fundamental - elogiou.
Em apartes, os senadores Paulo Hartung (PPS-ES) e Leomar Quintanilha (PPB-TO) apoiaram o discurso de Patrocínio. Hartung lembrou projeto de sua autoria, que aumenta a fiscalização da sociedade sobre os recursos distribuídos pelo Fundef aos municípios. Quintanilha mencionou o fenômeno dos novos anafabetos, que são os excluídos das novas tecnologias e dos novos meios de comunicação.

12/06/2000

Agência Senado


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