Carlos Patrocínio está preocupado com crescimento da dengue



Lembrando que neste ano, no Brasil, já morreram 39 pessoas vítimas da dengue, contra 28 no ano passado, o senador Carlos Patrocínio (PTB-TO) expressou nesta segunda-feira (4) sua preocupação com o recrudescimento da doença e chamou a atenção das autoridades para a necessidade de um trabalho profilático diuturno, capaz de reduzir esses números.

Carlos Patrocínio referiu-se ao fato de que, em 1958, a dengue foi considerada erradicada do Brasil, graças ao trabalho de grandes vultos da medicina sanitarista, como Osvaldo Cruz. Também lembrou que, depois de a dengue matar mais de 4 mil pessoas no Rio de Janeiro, Osvaldo Cruz andou por todo o país erradicando o Aedes aegipt, que agora volta vitimando milhares de brasileiros.

O senador informou que hoje, no Rio de Janeiro, há 52 mil casos notificados, enquanto no Distrito Federal confirmaram-se 150 casos, existindo ainda cerca de 300 exames sem veredicto.

- Eu quero chamar a atenção das autoridades sanitárias porque parece que essas epidemias, inclusive a Aids, começam a recrudescer com muita intensidade - alertou o senador.

O parlamentar disse que, se não houver um trabalho profilático rigoroso, o Brasil vai assistir até ao reaparecimento da febre amarela, que é muito mais grave e cujo vetor é o mesmo mosquito que provoca a dengue - o Aedes aegipt. O senador também observou que, por falta de investimento no combate a esse mosquito, o Brasil, que só conhecia o primeiro tipo da dengue, já enfrenta agora o terceiro tipo, que é o mais grave e fatal.

Em aparte, os senadores Heloísa Helena (PT-AL) e Lauro Campos (PDT-DF) solidarizaram-se com o discurso de Patrocínio, dizendo que o governo foi omisso na aplicação de verbas no combate ao Aedes aegipt. - É de uma gigantesca irresponsabilidade o que foi feito em matéria de saúde pública no Brasil - disse a senadora, enquanto Lauro Campos afirmou que, "nesse governo neo-liberal, estão recrudescendo doenças como a neo-dengue, a neo-tuberculose e a neo-hanseníase".



04/03/2002

Agência Senado


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