Carlos Wilson condena a extinção da Sudene
Ele enfatizou a necessidade de serem apuradas, exemplarmente, irregularidades cometidas no órgão, se elas existirem. Em sua opinião, é preciso também que o órgão passe por um processo de transformação, a fim de tornar sua ação mais ágil e efetiva, adequando-o aos tempos atuais. "Mas eliminar a Sudene cirurgicamente, com uma canetada, equivale a derrubar as paredes de uma casa por se pretender trocar as tomadas elétricas", argumentou.
Carlos Wilson disse que não consegue "enxergar o que o governo pretende com a extinção da Sudene". Ele lembrou que o presidente Fernando Henrique Cardoso, durante suas duas campanhas eleitorais, prometeu fortalecer o órgão. No seu entender, o governo não cumpriu suas promessas e passou a dar ouvidos a estranhos profetas, "estratégia cujo único resultado prático foi mantê-lo cada vez mais longe da realidade do país".
Ao encerrar seu pronunciamento, Carlos Wilson fez um apelo para que Fernando Henrique acorde para as reivindicações dos nordestinos e mineiros, no sentido de preservar a Sudene. "E acorde para os apelos dos senadores, unânimes na defesa do órgão", aconselhou.
Em apartes, os senadores Romero Jucá (PSDB-RR), Francelino Pereira (PFL-MG) e Geraldo Mello (PSDB-RN) reconheceram a necessidade de serem reformulados órgãos de desenvolvimento regional como a Sudam e a Sudene, mas manifestaram-se contra a extinção dessas superintendências, num país de tantas desigualdades regionais. Para José Alencar (PMDB-MG), é imperioso que o ministro da Integração Regional, Fernando Bezerra, compareça ao Senado para debater o assunto.
27/03/2001
Agência Senado
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