Carlos Wilson condena arrocho salarial do funcionalismo e política de privatização



O primeiro-secretário da Mesa, senador Carlos Wilson (PTB-PE), afirmou que o arrocho salarial dos servidores públicos e a política de privatização do governo Fernando Henrique Cardoso são operações articuladas com o objetivo comum de desviar verbas públicas dos investimentos sociais indispensáveis ao desenvolvimento para saldar compromissos financeiros internacionais e cumprir metas fiscais ajustadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Sobre a política de arrocho salarial imposta ao funcionalismo, Carlos Wilson lembrou que o Supremo Tribunal Federal declarou o presidente da República omisso no cumprimento de emenda constitucional promulgada em 1998. A emenda, disse o senador, exige que o Executivo envie projeto de lei ao Congresso contendo revisão anual dos vencimentos dos servidores públicos.

Carlos Wilson afirmou que qualquer reajuste proposto pela equipe econômica do governo deverá ser retroativo a 4 de junho de 1998, data da promulgação daquela emenda constitucional. Caso contrário, acrescentou, o poder público estará afrontando a Constituição.

O governo Fernando Henrique Cardoso, na avaliação do senador, está deteriorando a máquina estatal com ações "discriminatórias e elitistas", entre elas a de manter o servidor federal sem aumento salarial há sete anos e a de beneficiar apenas cerca de 130 mil servidores da União, do total aproximado de 500 mil, com carreira prioritária ou com reajustes diferenciados desde 1995.

Quanto à política de privatização desenvolvida pelo governo, Carlos Wilson considerou que ela está lesando o patrimônio público de forma indiscriminada e promovendo a redução da qualidade nos serviços prestados pelas empresas privadas.

24/08/2001

Agência Senado


Artigos Relacionados


Fórum antecipa discussão sobre política salarial do funcionalismo

Carlos Wilson condena a extinção da Sudene

CARLOS WILSON QUER ISONOMIA PARA PERNAMBUCO NA ANTECIPAÇÃO DE VERBAS DA PRIVATIZAÇÃO

Wilson Santiago defende política salarial governista

Olívio protagonizou o maior arrocho salarial

Carlos Wilson: Interlegis revoluciona a representação política