CARLOS WILSON CONSIDERA SUSPEITA PARTICIPAÇÃO DE INTERMEDIÁRIO NA FALÊNCIA DA ENCOL
Vice-presidente da CPI do Judiciário, o senador Carlos Wilson (PSDB-PE), considera suspeita a participação de Micael Heber Mateus no processo de falência da construtora Encol. Tanto nos depoimentos dos advogados Waldomiro Azevedo, Sérgio Mello, Paulo Viana e Neiron Cruvinel, como do juiz Avenir Passo de Oliveira, Micael aparece como um intermediário do proprietário da Encol, Pedro Paulo de Souza, junto à empresa e à Vara de Falências e Concordatas de Goiânia. Porém, Wilson informou que, apesar de referido como advogado, Micael apenas registrou-se na Ordem dos Advogados do Brasil no ano passado.Micael teve participação na venda de 3.764 cabeças de gado e na distribuição do dinheiro obtido na negociação. Segundo o advogado Sérgio Mello, que disse ter recebido o gado a título de pagamento de honorários, Micael teria entregue R$ 1 milhão obtidos na venda para o juiz. Já para o magistrado, que disse não ter ouvido falar em gado até ler reportagem na revista Istoé, o dinheiro pertencia ao próprio Micael e não a Sérgio Mello. O juiz disse manter relações apenas profissionais com Micael, de quem disse não ser amigo, como afirmaram os advogados à CPI.Para Carlos Wilson, os problemas na falência da Encol foram gerados pelo fato de Avenir ter aceito o pedido de concordata da Encol. Para ele, essa foi a origem da animosidade entre ele e os advogados que o acusaram.
18/08/1999
Agência Senado
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