Carvão Mineral



Carvão mineral é um sedimento fóssil orgânico, sólido, combustível, negro, formado de restos de vegetais solidificados por baixo de camadas geológicas, durante milhões de anos. Dos combustíveis fósseis  o carvão mineral é o mais abundante na natureza, tendo reservas provadas equivalentes a mais de 100 anos da atual produção. O carvão participa com 27% na matriz energética mundial, perdendo apenas para o petróleo, com 33% de participação. 

Na matriz elétrica mundial o carvão é o principal energético, com participação de 41%. O gás natural vem em segundo lugar, com 21% de participação. O mundo consumiu em 2010 perto de 6,5 bilhões de toneladas de carvão mineral, sendo 55% destinadas à geração elétrica. As reservas provadas de carvão mineral no mundo passam de 800 bilhões de toneladas.

O carvão é, também, o energético com maior indicador de emissão de CO2. Para cada tep de carvão consumido na geração elétrica são emitidos perto de 4 toneladas de CO2. No caso de petróleo e derivados, as emissões de CO2 ficam próximas de 3 toneladas por cada tep consumido.

No Brasil, o carvão mineral participa com um pouco mais de 5% na matriz Energética e com apenas 1,3% na matriz elétrica. O principal uso do carvão ocorre na indústria siderúrgica, com mais de 98% sendo importado. O carvão mineral brasileiro é considerado de baixa qualidade, com alto teor de cinzas e baixo conteúdo de carbono, o que inviabiliza a sua utilização fora das regiões das jazidas. A maior vocação de uso é para a geração elétrica.

Em 2010, o Brasil consumiu perto de 20 milhões de toneladas de carvão, sendo 14,2 milhões importadas. Dos 20 milhões consumidos, 4,4 milhões de toneladas (22%) foram para uso na geração elétrica e o restante para uso na indústria.

As reservas de carvão do País estão situadas na região Sul, sendo que apenas as reservas provadas são suficientes para atender a mais de 500 anos da atual produção.

Os atuais estudos de expansão do suprimento de energia, do Ministério de Minas e Energia, mostram que a capacidade instalada de geração elétrica a carvão deve passar de 1,7 GW em 2010, para 3,2 GW em 2020, quando serão gerados perto de 20 TWh de energia elétrica – ressalte-se que toda a expansão já se encontra contratada. Investimentos vêm sendo realizados em desenvolvimento tecnológico, focados na redução de impurezas, na diminuição de emissões das partículas com nitrogênio e enxofre (NOx e SOx) e na redução da emissão de CO2, por meio da captura e armazenamento de carbono. O sucesso de novos processos pode vir a viabilizar uma maior utilização do carvão mineral brasileiro.

Fontes:
Balanço Energético Nacional 2010 e Resenha Energética 2011 (Ministério de Minas e Energia)
Plano Decenal de Expansão de Energia
Agência Internacional de Energia
Centro de Tecnologia Mineral (CETEM)
Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM)
Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM)
Atlas de Energia Elétrica no Brasil da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)



09/11/2011 17:57


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