Senadores gaúchos pedem estímulo para carvão mineral
O presidente em exercício do Senado, Paulo Paim, os senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Sérgio Zambiasi (PTB-RS) e o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, reuniram-se nesta quinta-feira (05) com a ministra das Minas e Energia, Dilma Roussef, para defender incentivos para o carvão mineral no novo modelo do setor energético brasileiro.
O Rio Grande do Sul tem 90% das reservas nacionais de carvão mineral e quer assegurar a implantação de novos projetos de geração de energia e de manutenção do atual sistema, que tem 1.414 megawatts instalados. Uma empresa alemã interessada em construir uma usina termelétrica para explorar a jazida de Candiota (RS) anuncia investimento de US$750 milhões, mas quer garantia de compra dessa energia.
Na reunião, a ministra afirmou que o modelo energético brasileiro contempla todos os tipos de energia, devendo incluir a energia extraída do carvão mineral pelas termelétricas de Seival e Candiota, no Rio Grande do Sul. De acordo com Paulo Paim, ela deu sinal positivo para investimentos no carvão mineral do estado.
- Pelo que percebi, a posição do Ministério é de total apoio, inclusive a ministra deu sinal verde para os investimentos, para que seja entabulada a negociação, de forma tal que a energia do carvão seja efetivamente valorizada, não só em Seival como também em Candiota.
De acordo com Paim, a repercussão dessa disposição ministerial terá âmbito nacional, pois envolve outros estados que usam energia termelétrica. Na opinião do parlamentar, os investimentos nessa energia deverão produzir alguns milhares de novos empregos no estado.
- A ministra deu sinal verde para o governador como também para os empresários que vão investir nessa área. Também antecipou para os senadores que há um compromisso do governo de investir na área. Estamos caminhando bem. E acho que, no máximo em 36 meses, há possibilidade de a usina de Candiota estar construída. A partir daí, virão outros investimentos.
05/02/2004
Agência Senado
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