Tião Viana repudia insinuações de vazamento de denúncias



O senador Tião Viana (PT-AC) desafiou, nesta terça-feira (17), os que o estão acusando de fazer denúncias sobre irregularidades na administração do Senado a assumirem "rosto a rosto" essas afirmações. Tião Viana, que foi 1º vice-presidente do Senado e candidato à Presidência da Casa na última eleição para a Mesa, disse que está sendo vítima de "subterfúgios" visando a incriminá-lo.

- Infelizmente, nos últimos dias, a imagem do Senado não passa por bom momento, mas quando se imagina que a Casa está preparada para um debate altivo sobre o que se passa aqui, meia dúzia de fofoqueiros prefere fazer insinuações de corredores sobre a minha dignidade e a minha honradez - disse o senador.

Depois de exigir respeito pela sua atuação e sua biografia, o senador garantiu que defende, acredita e luta pela imagem do Senado.

Em defesa de Tião Viana, o 1º vice-presidente do Senado, Marconi Perillo (PSDB-GO), que presidia os trabalhos, disse que acolhia o pronunciamento do colega. Perillo afirmou que há "um profundo respeito" pela atuação de Tião Viana, especialmente em relação ao período em que ocupou o cargo de 1º vice-presidente.

Também o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) manifestou apoio a Tião Viana:

- O senador Tião Viana não precisa ter nenhuma dúvida sobre a confiança de todos pela sua correção. Se mazelas existem no Senado, não estão sendo expostas por ele.

Para Azeredo, essas mazelas têm de ser corrigidas, "separando-se o joio do trigo, mostrando que esta não é uma Casa totalmente desmoralizada".

Na opinião do líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), não há porque "jogar mazelas para debaixo do tapete". Ele pediu a apuração de todas as denúncias que hoje ameaçam "derreter o prestígio do Senado".

- Esta Casa não pode ser considerada dispensável pelo povo por falta de atitude de alguns. Não estou aqui para compactuar com bandalheiras. Não entrei para um clube. Estou farto desta inércia - protestou o líder do Senado.

Para o senador Wellington Salgado (PMDB-MG), quem acusa o Senado deve provar suas denúncias. De qualquer forma, ele pediu que se observe o esforço que vem sendo feito pelo presidente José Sarney (PMDB-AP) para esclarecer todos os fatos e normalizar as atividades da Casa.

Marconi Perillo lembrou que na última reunião da Mesa decidiu-se pela ampla transparência no controle da verba indenizatória. Outra decisão de Sarney foi submeter ao Tribunal de Contas da União (TCU) o exame dos contratos do Senado. À Fundação Getúlio Vargas (FGV) o presidente solicitou uma avaliação da estrutura administrativa do Senado.

- É preciso regulamentar as horas extras e evitar nepotismo, cuidando de implantar aqui a meritocracia. Temos de resolver os entraves administrativos para que não sejam barreiras ao nosso trabalho de legislar - pregou Marconi Perillo.

No entender do líder do DEM, José Agripino (RN), todos os culpados de denúncias devem ser "punidos exemplarmente", mas ele criticou a criação do "mito de que a verba indenizatória serve para malversar recursos".

- Uso a verba integralmente, até o último centavo, pois é meu direito no exercício do mandato, mas presto contas com notas fiscais - afirmou o senador, que elogiou Sarney por requerer aos diretores da Casa que coloquem seus cargos à disposição.

Já o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), apesar de defender mudanças de procedimentos que evitem atos contrários à boa administração, recomendou à grande imprensa que expanda "sua onda de moralização para o Poder Executivo", onde haveria problemas de toda ordem, inclusive relativos à contratação de funcionários terceirizados.



17/03/2009

Agência Senado


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