Casagrande comenta pesquisa do IBGE que aponta elevação da renda do trabalhador



Com base em dados da Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2006, o senador Renato Casagrande (PSB-ES) disse que, apesar de ainda longe de um padrão de vida com tudo o que o trabalhador tem direito, os números apresentados pela pesquisa são animadores.

Casagrande assinalou, em discurso nesta quinta-feira (20), que de 2005 para 2006 o rendimento médio do trabalhador brasileiro subiu 7,2%, atingindo a média de R$ 883. De acordo com o estudo, essa elevação na renda do trabalhador é reflexo direto do impacto do aumento real do salário-mínimo, da ordem de 13%, em 2006, beneficiando diretamente os trabalhadores que ganham menos.

A mesma pesquisa, disse o senador, aponta uma expansão do emprego com carteira assinada. Ele disse que o percentual da população ocupada subiu de 33,1% para 33,8%, refletindo uma redução da informalidade da casa de 51,58%, em 2005, para 50,4%, no ano passado, ou seja, de cada cinco vagas ocupadas, três são com carteira assinada.

- É na corrida do governo Lula por mais justiça social que a desigualdade continua caindo, consistentemente, como mostra o recuo de três pontos no índice Gini, atingindo o número 0,541. Lembremos que o coeficiente Gini é um medidor internacional de desigualdade que vai de zero a um, em que zero é a melhor situação possível. Podemos afirmar, sem medo de errar, que a diferença na qualidade de vida entre ricos e pobres vem caindo - assinalou.

Casagrande creditou esse resultado à expansão dos negócios da iniciativa privada, às oportunidades de emprego e renda, às políticas públicas e aos programas de assistência social que o governo oferece aos mais pobres. Ele disse que o analfabetismo também caiu, mas ainda é um desafio e que os reajustes do salário mínimo e o Bolsa-Família ajudaram a derrubar, pela primeira vez em 15 anos, os indicadores de miséria no Brasil. De acordo com os indicadores, 6,5 milhões de brasileiros deixaram de ser miseráveis, disse o senador, mas 36 milhões de pessoas ainda vivem na pobreza.

- Estamos tratando aqui de um Brasil que muda para se inserir numa nova ordem econômica e social, mas que só se consolidará democraticamente se mostrar a mesma disposição em refazer a relação dos políticos e das instituições que fazem a política com a sociedade. Os homens públicos têm de se identificar com os princípios humanistas e rejeitar o papel de facilitadores de vantagens e privilégios - alertou.



20/09/2007

Agência Senado


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