Agripino comenta pesquisa que aponta queda de competitividade do Brasil



Em pronunciamento nesta quinta-feira (10) em Plenário, o líder do Democratas, senador José Agripino (RN), registrou a queda do Brasil no Relatório de Competitividade 2007 do Instituto Internacional para o Desenvolvimento Gerencial (IMD, na sigla em inglês). De acordo com Agripino, o país teria caído da 44ª posição, em 2006, para a 49ª, em 2007, ficando atrás dos demais países do chamado BRIC - Rússia, Índia e China, que ocupam, respectivamente, a 43ª, 27ª e 15ª posições.

O parlamentar disse estar muito mais preocupado com a queda de competitividade do país que com a aprovação das medidas provisórias relativas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo, às quais o Democratas, segundo ele, não irá criar nenhum obstáculo.

De acordo com o representante potiguar, o relatório do IMD revela que o Brasil incorre nos mesmos fatores que o levaram a cair no ranking em análises anteriores. Citou, entre eles, a alta taxa de impostos e de juros, a burocracia e a infra-estrutura deficiente. O relatório, conforme Agripino, teria apontado ainda uma "novidade perversa", a do "Apagão Aéreo", como fator de perda de competitividade.

O senador Mão Santa (PMDB-PI) acrescentou, em aparte, a falta de investimentos em educação e em ciência e tecnologia como fatores que também teriam contribuído para a atual posição do Brasil no ranking, enquanto o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) apontou a corrupção e a imagem de corrupção do Brasil no exterior como outros que engrossariam a lista de fatores que contribuíram para a queda do Brasil em competitividade.

- Troco o PAC por uma queda de dois pontos percentuais na taxa de juros - desafiou o líder, apontando essa mudança na economia como solução para o país voltar a ter um crescimento econômico sustentável.

José Agripino observou que o índice de competitividade de um país é fundamental para atrair novos capitais produtivos, levando em conta fatores como credibilidade da legislação, segurança jurídica e marcos regulatórios confiáveis, entre outros, sem os quais, avalia, o governo não convencerá a opinião pública de que "o PAC é a panacéia para os males do país".

CPIs

O parlamentar pelo Rio Grande do Norte criticou a ausência da indicação de integrantes do PMDB e do PT para comporem a "CPI do Apagão Aéreo". Para Agripino, antes de o prazo acordado de 20 dias se encerrar, melhor será que todos tenham feito as indicações e tratem logo de escolher presidente e relator. Cobrou também que sejam feitas as indicações restantes para que a "CPI das ONGs" possa ser instalada.



10/05/2007

Agência Senado


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