Caseiro autoriza CPI dos Bingos a quebrar seus sigilos fiscal, bancário e telefônico



No início da tarde desta terça-feira (21), o advogado Wlício Chaveiro Nascimento, que representa o caseiro Francenildo Santos Costa, o Nildo, entregou ao presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB), documento no qual Nildo autoriza a CPI a quebrar seus sigilos fiscal, bancário e telefônico. A autorização restringe a manipulação dos dados apenas à comissão e aos senadores que a integram. Efraim afirmou que Nildo é "um exemplo de um homem sério, de um trabalhador brasileiro que só quer falar a verdade".

- Esse assunto tem de ser esclarecido o mais rápido possível, foi uma violência contra um cidadão comum - afirmou Efraim ao se referir ao recente vazamento de informações bancárias de Nildo.

Logo depois de agradecer ao advogado, Efraim entrou no Plenário do Senado e anunciou o recebimento do ofício. Em entrevista à imprensa, o advogado Nascimento destacou que o documento serve para "abrir o que já foi aberto".

- Francenildo está se defendendo, está mostrando que não tem nada a temer - afirmou o advogado do caseiro.

No Plenário do Senado, Efraim leu na íntegra o documento enviado por Nildo e elogiou a atitude do caseiro. De acordo com o presidente da CPI dos Bingos, o colegiado vai analisar o fato em reunião administrativa nesta quarta-feira (22). Para Efraim, o documento enviado pelo caseiro terá de ser apreciado e votado na CPI dos Bingos para ter validade jurídica. A senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) e o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) elogiaram a disposição de Nildo.

- Exigo que o filho do presidente Lula e o Paulo Okamotto, e outros que estão denunciados por crimes contra a administração pública, que tenham o mesmo gesto democrático e firme que aqui foi dado pelo caseiro Francenildo - sugeriu Heloísa.

Antero também pediu que os investigados pela CPI dos Bingos tenham a mesma atitude do caseiro. O senador avisou que encaminhará à comissão requerimento pedindo a convocação, para prestar depoimento, do presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Eduardo Levi Mattoso.

21/03/2006

Agência Senado


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