CASO ENCOL SERÁ ANALISADO TAMBÉM PELA CPI DO JUDICIÁRIO
A CPI que investiga denúncias de irregularidades no Poder Judiciário também vai analisar o caso Encol, a exemplo do que vem fazendo a CPI do Sistema Financeiro. Reportagem publicada na revista Istoé informa que o ex-dono da construtora Encol teria subornado o juiz da Vara de Falências e Concordatas de Goiânia, Avenir Passo de Oliveira, para que não fosse decretada a falência da empresa. Ainda segundo a revista, o suborno chegaria a cerca de R$ 1 milhão. Para também apurar o caso, a CPI já aprovou nesta quarta-feira (dia 30) a convocação dos advogados Sérgio Mello da Paixão, Paulo Roberto Viana Martins, Neiron Cruvinel e Waldomiro Azevedo Ferreira que, conforme a reportagem, seriam os autores da denúncia.- Todos atuam na Vara de Falências, sendo que os três primeiros são advogados da Encol, contratados pelo empresário Pedro Paulo de Souza. Eles têm denúncias graves contra o juiz Avenir Oliveira, o ex-síndico da massa falida, Habib Badião, e o também advogado Micael Mateus - justificou o autor do requerimento e vice-presidente da CPI, senador Carlos Wilson (PSDB-PE).AGRESSÃOO senador Eduardo Suplicy (PT-SP) comentou em plenário denúncias de agressão por seguranças do juiz Avenir Oliveira contra os jornalistas Mino Pedrosa e André Dusek, da Istoé. Conforme Suplicy, a violência teria acontecido após entrevista coletiva, na qual o juiz acusou a autora da reportagem, Sônia Filgueiras, de ter exigido R$ 25 mil para que a revista não publicasse o texto. Avenir Oliveira não permitiu a presença da equipe da revista na entrevista. "O assunto deve ter a atenção das CPIs dos Bancos e do Judiciário, que devem tomar providências para esclarecer os fatos", afirmou o senador paulista, solidarizando-se com os jornalistas envolvidos no episódio. O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, disse que as presidências das comissões devem tomar ciência dos fatos, para que adotem providências em nome do Senado.
30/06/1999
Agência Senado
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