CAVALHEIRO DIZ QUE BANCO CENTRAL INFORMOU DENTRO DO PRAZO AO MP



O chefe do Departamento de Supervisão Direta do Banco Central, Paulo Sérgio Cavalheiro, garantiu aos membros da Subcomissão Permanente do Judiciário que todas as solicitações feitas pelo Ministério Público, referentes ao caso do desvio de recursos para a construção do fórum trabalhista de São Paulo, foram atendidas dentro dos prazos determinados pela Justiça. Ele fez esta afirmação em reunião realizada na tarde desta terça-feira (dia 5), respondendo a questionamento do senador Bello Parga (PFL-MA).
Bello Parga lembrou que, em depoimento à Subcomissão do Judiciário, as procuradoras do Ministério Público Janice Ascari, Isabel Groba e Maria Luiza Duarte foram unânimes em reclamar de um suposto atraso no fornecimento de informações pelo Banco Central. Cavalheiro insistiu que as solicitações foram atendidas dentro dos prazos estipulados pelas determinações judiciais.
Paulo Sérgio Cavalheiro explicou aos senadores que os pedidos menos complexos foram atendidos com maior rapidez, enquanto os outros demoraram por exigir trabalho mais aprofundado. O funcionário do Banco Central registrou ainda que, como a instituição colabora com o Poder Judiciário e o Ministério Público não apenas no caso do fórum trabalhista de São Paulo, algumas vezes o trabalho teve de ser interrompido para que a equipe se dedicasse à coleta de outros dados cujos prazos judiciais estavam próximos de expirar.
Desde março deste ano, segundo Cavalheiro, quando houve uma reunião entre os procuradores do Ministério Público que estão apurando o desvio de recursos no fórum trabalhista e a equipe do Banco Central, foi estabelecida uma sistemática de trabalho que agilizou o fornecimento de informações. Uma das medidas tomadas pelo banco foi destacar uma equipe para trabalhar exclusivamente nas quebras de sigilo bancário referentes ao caso.
Prosseguindo o debate, o senador Juvêncio da Fonseca (PFL-MS) perguntou ao funcionário do Banco Central por que motivo as procuradoras reclamaram do suposto atraso na remessa dos documentos solicitados à instituição. Cavalheiros disse acreditar que houve um problema de comunicação, já solucionado. "Acabou o estresse entre o Banco Central e o Ministério Público", afirmou.

05/09/2000

Agência Senado


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