CCJ decide sobre proposta de Marina que anistia líderes da Revolta da Chibata
O desfecho "injusto" foi o motivo que levou a senadora Marina Silva (PT-AC) a propor projeto de lei que busca efetivar a anistia post mortem de João Cândido e dos demais participantes da Revolta da Chibata. Pela proposta, o perdão implica a promoção dos marinheiros como se tivessem permanecido na ativa e o pagamento de pensão por morte aos familiares dos rebeldes de 1910.
- Cremos que é chegada a hora de o Congresso recuperar a anistia que aprovou para os que se revoltaram e puseram fim aos castigos corporais na Marinha, anistia que foi desrespeitada à época. Um Estado que pretende consolidar a democracia deve resgatar a memória dos que lutaram por um país digno e civilizado - justifica Marina, cuja proposta está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para decisão terminativa.
João Cândido, que ficou conhecido por sua atuação no levante como "Almirante Negro", morreu aos 89 anos, em 1969. Segundo Marina, depois que foi expulso da Marinha, viveu no ostracismo, vendendo peixes e fazendo pequenos biscates. Apesar do desprezo da União, o marinheiro viveu na memória do povo carioca e foi homenageado por Aldir Blanc e João Bosco na música "O Mestre-Sala dos Mares", imortalizada na voz de Elis Regina.
11/05/2001
Agência Senado
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