CE homenageia ex-presidente e educador Anísio Teixeira



A Comissão de Educação (CE) realizou nesta quarta-feira (6) cerimônia de colocação da foto do ex-senador Ricardo Santos na galeria de retratos dos ex-presidentes da comissão. Santos presidiu o colegiado no biênio 2001/2002. A solenidade foi encerrada com homenagem à obra de Anísio Teixeira, seguindo costume da CE que, nessas ocasiões, sempre homenageia um grande educador brasileiro.

O presidente da CE, senador Wellington Salgado (PMDB-MG), destacou o trabalho de Ricardo Santos à frente do colegiado, enquanto o senador Gerson Camata (PMDB-ES) afirmou que o ex-senador "é um servidor público modelo para o país". Os senadores Eduardo Azeredo (MG) e Juvêncio da Fonseca (MS), ambos do PSDB, também destacaram a luta de Ricardo Santos em prol de uma educação com qualidade para o país.

Ricardo Santos, que atualmente é deputado federal pelo PSDB do Espírito Santo, agradeceu a homenagem e informou que durante a sua gestão foram realizadas 84 reuniões, com destaque para as audiências públicas destinadas a debater a implantação da TV Digital no país.

Coube ao consultor legislativo do Senado Federal João Antonio Cabral de Monlevade homenagear, em nome da comissão, a memória de Anísio Teixeira que, observou, sempre defendeu uma escola universal e com qualidade. Monlevade destacou um dos pensamentos de Anísio Teixeira - o de que educação não é privilégio de alguns, mas um direito de todos.

Um pioneiro

Considerado um dos maiores intelectuais brasileiros, o baiano Anísio Teixeira foi personagem central na história da educação no Brasil nas décadas de 1920 e 1930, tendo difundido os pressupostos básicos do movimento que ficou conhecido como Escola Nova. Esse novo modelo educacional tinha como princípio a ênfase no desenvolvimento do intelecto e na capacidade de julgamento do aluno, em substituição à prática da memorização.

Anísio Teixeira sempre foi um árduo defensor do ensino público gratuito, obrigatório e com qualidade. Com apenas 24 anos de idade, foi nomeado Inspetor Geral de Ensino na Bahia. Em 1931, ocupou a Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, criando uma rede municipal de ensino completa, que ia desde a escola primária à universidade. Três anos mais tarde, fundou a Universidade do Distrito Federal, que depois foi transformada em Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. E, em 1961, foi um dos criadores da Universidade de Brasília (UnB), ao lado de Darcy Ribeiro.

A morte do educador, em 1971, aos 71 anos, em plena repressão política, ainda é considerada por alguns como misteriosa. O corpo de Anísio Teixeira foi encontrado no poço do elevador de um edifício na Avenida Rui Barbosa, no Rio. A polícia considerou a morte acidental.



06/12/2006

Agência Senado


Artigos Relacionados


Educador Anísio Teixeira é homenageado no Senado

PLENÁRIO CELEBRA CENTENÁRIO DO EDUCADOR ANÍSIO TEIXEIRA

SENADO HOMENAGEIA ANÍSIO TEIXEIRA

PAULO SOUTO LEMBRA VISÃO DEMOCRÁTICA DE ANÍSIO COMO EDUCADOR

Senado dá ao Inep o nome de Anísio Teixeira

ACM DESTACA CARÁTER INOVADOR DE ANÍSIO TEIXEIRA