PLENÁRIO CELEBRA CENTENÁRIO DO EDUCADOR ANÍSIO TEIXEIRA
Anísio Teixeira nasceu em 12 de julho de 1900, na cidade de Caetité (BA). Em 1914, ele partiu para Salvador, para ingressar no Colégio Antônio Vieira. Em seguida foi para o Rio de Janeiro, onde diplomou-se em Direito em 1922. De volta a Salvador, em 1924, acabou sendo convidado pelo governador Francisco Marques de Góes Calmon para o cargo de inspetor-geral do Ensino da Bahia.
De 1931 a 1935, no governo do prefeito Pedro Ernesto no antigo DF, Anísio criou uma rede municipal de ensino da escola primária à Universidade. Introduziu a moderna arquitetura escolar, ampliou as matrículas, criou os serviços de extensão e aperfeiçoamento, as Escolas Técnicas Secundárias e transformou a antiga Escola Normal em Instituto de Educação. O educador obteve projeção nacional por suas realizações na Capital Federal.
Em dezembro de 1935, motivos políticos levariam Anísio a pedir sua demissão junto ao prefeito Pedro Ernesto. Muitos de seus colaboradores foram perseguidos e alguns acabaram sendo presos. O educador refugiou-se no sertão da Bahia e, entre 1937 e 1945, dedicou-se a negócios como a exploração e exportação de manganês.
Teixeira foi então convidado pelo novo governador da Bahia, Otávio Mangabeira, para o cargo de secretário de Educação e Saúde do Estado. Uma de suas mais importantes iniciativas foi a construção do Centro Popular de Educação Carneiro Ribeiro, popularmente conhecido como Escola-Parque, no bairro da Liberdade.
A Escola-Parque, inaugurada em 1950, procurava oferecer à criança uma educação integral, cuidando de sua alimentação, higiene, socialização, preparação para o trabalho e para a cidadania. A escola também privilegiava o ensino de artes plásticas. Participaram do projeto artistas de renome, como Caribé e Mário Cravo.
Durante toda a década de 50, Teixeira manteve-se ativo no debate sobre a educação popular, seja por meio de conferências, livros, manifestos ou de sua gestão na administração pública. Em 1951, no Rio de Janeiro, assumiu a Secretaria Geral da Campanha de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, que seria por ele transformada na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). No ano seguinte, passou a acumular o cargo de diretor do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP), no qual permaneceu até 1964. O educador baiano faleceu em 11 de março de 1971.
26/06/2000
Agência Senado
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