Centro estuda redes inteligentes de energia para formulação de políticas públicas



O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) iniciou estudo sobre as redes inteligentes de energia – internacionalmente chamadas de smart grids – com a supervisão da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O CGEE é uma organização social supervisionada pelo MCTI.

O estudo tem a finalidade de prover a visão da sociedade brasileira para a introdução desse conceito, antevendo desafios, oportunidades e impactos econômicos, industriais, tecnológicos e sociais na economia brasileira. Busca, além disso, produzir subsídios para formulação de políticas públicas que digam respeito aos diversos órgãos governamentais setoriais envolvidos nas questões. O término da pesquisa está previsto para 31 de dezembro.

A abertura dos trabalhos do estudo foi feita pelo secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Ronaldo Mota, e pelo presidente do CGEE, Mariano Francisco Laplane, durante a primeira oficina do estudo, com o objetivo de levantar “desafios e oportunidades das redes inteligentes”, conforme assinalado no tema. O evento foi realizado nos dias 19 e 20 de outubro, em Brasília.

Além do MCTI, participaram do estudo instituições como: ministérios de Minas e Energia (MME) e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), universidades, CPqD, Operador Nacional do Sistema (ONS) e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), além de dois participantes internacionais, do Reino Unido (National Grid) e da Alemanha (GIZ, ex-GTZ).

MCTI

O tema das smart grids está incluído no planejamento da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico (Setec/MCTI) no âmbito do Programa de Distribuição de Energia Elétrica e figura com um das metas propostas pela Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2011-2014 (ENCTI) 2011-2014.

A secretaria, no segundo semestre de 2011, participou de duas missões ao exterior específicas sobre o assunto, sendo uma sob a coordenação e patrocínio da GIZ e outra do governo de Reino Unido. Nessas missões, os integrantes participaram de eventos técnicos e científicos, realizaram visitas técnicas e reuniões com os diversos atores envolvidos. As missões envolveram integrantes de ministérios, agências reguladoras e associações, bem como pesquisadores.

A Setec está estruturando um laboratório de smart grids na Universidade Federal do Ceará (Ufce) com previsão de inauguração no início de 2012.

Iniciativas brasileiras

A Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) e a Associação de Empresas Proprietárias de Infraestrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações (Aptel), no âmbito do ambiente regulado pela Aneel, estão realizando um estudo para a “elaboração de uma proposta para um plano nacional de migração tecnológica do setor elétrico brasileiro do estágio atual para a adoção plena do conceito de rede inteligente”.

A Setec/MCTI participa do comitê consultivo desse projeto, que reúne 63 concessionárias brasileiras e tem término previsto para o fim do ano. Além disso, sob a regência das aplicações reguladas pela Aneel, algumas concessionárias de serviço público de energia estão realizando pesquisas e implantando projetos pilotos e demonstrativos. Entre elas, Cemig, Light, Ampla e Eletrobras.

O Ministério de Minas e Energia, por meio de um grupo de trabalho (GT), inicialmente restrito ao próprio ministério, realizou estudos em 2010 para levantar o estágio do conceito de smart grids no mundo. A ABDI também está realizando estudos sobre mercado dessas redes no Brasil.

Fonte:
Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação



28/10/2011 16:41


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