César Borges: a Bahia, sim, faz espetáculo do crescimento



Depois de criticar a política de juros altos do Banco Central e cobrar do governo federal as promessas de criação de emprego e desenvolvimento econômico-social, o senador César Borges (PFL-BA) falou nesta quinta-feira (22) do crescimento da riqueza de 4% obtido em 2003 pelo estado da Bahia. O percentual é 20 vezes maior do que o atingido pelo Brasil como um todo.

O crescimento baiano foi sustentado principalmente pelas exportações, que aumentaram em 41% - o dobro da média nacional -, com destaque para as vendas a cargo da indústria de transformação e da agricultura.

- Esse desempenho não dependeu de qualquer decisão econômica ou política do atual governo do PT, que até impediu uma elevação de 6% do PIB com a política de gastos públicos restritiva e juros asfixiantes - afirmou César Borges.

O senador lembrou que a Bahia, atualmente governada pelo ex-senador Paulo Souto (PFL), vem crescendo há 12 anos consecutivos. As decisões políticas e econômicas começaram no governo iniciado pelo hoje senador Antonio Carlos Magalhães (PFL), em 1991, tendo como seu secretário de Fazenda o também senador Rodolpho Tourinho (PFL). Segundo César Borges, a marca da administração Paulo Souto vem sendo a austeridade fiscal e fortes medidas para atração de empresas, entre as quais a Ford, que hoje representa 10% da produção industrial baiana.

De uma participação de 4,1% no PIB nacional em 1995, a Bahia passou em 2000 a uma participação de 4,4%, devendo atingir 5% em 2003, com um PIB estadual de entre R$ 62 e R$ 64 bilhões.

- Este resultado é uma prova clara do quanto é importante a existência de uma política de desconcentração de investimentos - disse César Borges, que recebeu apartes elogiosos dos senadores Marco Maciel (PFL-PE) e Rodolpho Tourinho. Ele lembrou que o fim da guerra fiscal obriga ao estabelecimento de um política de desenvolvimento. Como, dentro da reforma tributária, foi adiada a criação do Fundo de Desenvolvimento Regional, um maior equilíbrio entre as regiões dependeria da nova Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, projeto que está sendo adiado pelo atual governo.

- A única evidência clara é que este governo demonstra não ter preocupação nenhuma com as regiões mais pobres. - afirmou César Borges. Ele defendeu a aprovação da proposta de Antonio Carlos de que o Senado crie a Comissão de Desenvolvimento Regional e lembrou que a Câmara dos Deputados precisa dar andamento ao projeto da Sudene.



22/01/2004

Agência Senado


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