César Borges alerta para conseqüências da falta de gás para a indústria baiana



Lembrando que o governo federal induziu e incentivou a indústria brasileira a mudar a matriz energética de outras fontes para o gás natural, o senador César Borges (PR-BA) alertou para as conseqüências da falta de gás para a indústria baiana. Ele disse que o governo federal não investiu na construção de gasodutos, na prospecção e na exploração de jazidas que pudessem atender às necessidades brasileiras.

César Borges disse que a Bahia é o terceiro maior consumidor de gás do país e precisa importar da Região Sudeste a maior parte do gás de que precisa. Desse total, acrescentou o senador, 87% são consumidos pelo setor industrial; 10% para o abastecimento de automóveis; e 3% são para o consumo doméstico.

- Ficamos dependentes do gás. Esse governo [Lula] foi alertado há muito tempo sobre a necessidade de investir em hidrelétricas e fontes de energia alternativas. Não é justo dizer que, de uma hora para outra, a solução é aumentar o preço do gás. Que a solução seja a importação o mais rápido possível, que haja um acordo entre Brasil e Bolívia para que a Petrobrás possa investir na produção de mais gás - afirmou.

O senador também disse que atrelar o preço do gás ao preço do petróleo vai inviabilizar a produção industrial. Ele assinalou que pólos ceramistas em vários estados já estão paralisando suas atividades e podem perder competitividade em relação a produtos importados da China.

O senador Sibá Machado (PT-AC) disse, em aparte, que é "assustadora" a idéia de atrelar o preço do gás ao do petróleo.



06/11/2007

Agência Senado


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