César Borges aplaude recriação da Sudene e pede investimentos para diminuir desigualdades regionais



O senador César Borges (PFL-BA) afirmou nesta quinta feira (21) que vê -com muita esperança- a recriação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) pelo governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva. Ele acrescentou, no entanto, que é preciso que a Sudene inicie efetivamente o seu trabalho, assim como -urge a adoção- de políticas direcionadas para a geração de emprego e renda, melhoria da infra-estrutura e de apoio à produção, de forma a tornar melhores as condições de competitividade do Nordeste.

De acordo com o senador, a Bahia, por exemplo, fez seu -dever de casa- muito antes do advento da Lei de Responsabilidade Fiscal, pois foi a unidade da Federação que primeiro realizou seu ajuste fiscal e o equilíbrio das contas públicas. No entanto, disse ele, ao mesmo tempo em que o governo do estado investiu de forma decisiva no desenvolvimento da Bahia, a União não teve uma atuação condizente com o importante papel que exerce dentro da Federação.

- Não podemos, dessa forma, deixar abrigadas no manto do silêncio as evidências de que o governo federal tem transferido encargos e deixado de cumprir obrigações relacionadas. São exemplos o abando da malha rodoviária e a descontinuidade e aleatoriedade de investimentos em setores prioritários, expondo a premência de uma política nacional de desenvolvimento sustentada e equânime - afirmou ele.

César Borges destacou que, apesar das dificuldades que afetam as economias interna e externa, a Bahia está atravessando uma nova fase da modernização industrial iniciada ainda nos governo Antônio Carlos e Paulo Souto e para o qual seu próprio governo (1999/2002) também contribuiu. A Bahia, disse o senador, -mesmo na adversidade das conjunturas política e econômica-, que marcaram os anos 90, firma-se como a sexta economia do país, evoluindo a sua participação de 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, em 1995, para 4,4% em 2000, com taxas de crescimento que superam a média nacional.

César Borges dedicou uma parte do seu pronunciamento a homenagear alguns vultos e personalidades baianas que, segundo ele, sempre estiveram na linha de frente dos principais episódios políticos, econômicos e socioculturais da história do Brasil, no Império e na República, como Ruy Barbosa, Otávio Mangabeira, Josaphat Marinho e Luiz Viana, entre outros.

- Não podia deixar de buscar a linha de continuidade da rica contribuição baiana ao Senado da República, que chega até nós na figura do senador Antonio Carlos Magalhães, ex-presidente desta Casa, que soube inserir o Senado, talvez como em poucos momentos da República, com altivez e credibilidade no cenário político nacional - resumiu ele.

Antonio Carlos, em aparte, disse que a Bahia vive uma situação destacada -pelos homens públicos que conseguiu formar-, entre os quais incluiu o próprio César Borges.

Em apartes, os senadores Rodolfo Tourinho (PFL-BA), João Batista Mota (PPS-ES) e Delcidio Amaral (PT-MS) solidarizaram-se com César Borges quanto à necessidade do combate às desigualdades regionais que caracterizam a realidade brasileira.



21/08/2003

Agência Senado


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