César Borges condena ameaças de invasões do MST



Falando em nome do PFL, o senador César Borges (BA) disse que a sociedade está intranqüila diante das recentes ameaças feitas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) de que seriam intensificadas as invasões de terras, em um movimento que o líder do movimento, Pedro Stédile, denominou de "abril vermelho". O senador disse que as invasões têm causado perdas inestimáveis ao setor de agronegócios e colocam em evidência a falta de ação governamental para promoção da reforma agrária.

- O pior de tudo é que o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, e o governo em geral, parecem demonstrar complacência com este tipo de ação, já que não existe investimento no setor agropecuário e em programas de assentamento rural capazes de evitar essa situação - criticou César Borges, observando que apesar de o governo haver anunciado que iria ampliar os valores destinados para assentamentos, não ampliou o número de assentados. "Tem alguém enganando alguém".

César Borges chamou a atenção também para o fato de que várias áreas que estão sendo invadidas ou que são alvo de projetos de assentamento, ao contrário do que o MST e o governo anunciaram, não são improdutivas. Este é o caso, segundo especificou, de projeto em implantação na Bahia, de propriedade de um grupo internacional, que está sendo apontado como o maior empreendimento da área de celulose do mundo, cuja área está sendo invadida por mais de 3 mil pessoas.

- Nós não somos contra os movimentos sociais. O MST tem uma causa justa que é assentar trabalhadores, mas tem uma outra face, que deixa a sociedade insegura, que é a promoção de invasões. E o governo, que tem a obrigação de zelar pela paz institucional e pelo Estado democrático de direito, não está cumprindo suas funções de promoção da reforma agrária dentro da lei. Esperamos que o abril vermelho não possa se cumprir por causa da falta de ação do governo - disse César Borges.



07/04/2004

Agência Senado


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