César Borges contesta prorrogação da CPMF como saída para crise do SUS
O senador César Borges (DEM-BA) afirmou que não se pode apontar a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) como saída para a falta de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme teria declarado o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. O parlamentar admite que a crise enfrentada pelo SUS envolve problemas de gestão e até passa pela carência de verbas, mas sustenta que o dinheiro precisa vir dos cofres do governo, e não do bolso do contribuinte.
- O ministro Temporão deveria buscar recursos para a saúde no orçamento da União, porque a CPMF já está aí, contribuindo com esses recursos - comentou.
A exemplo de outros estados do Nordeste, César Borges revelou que a situação de saúde pública na Bahia também é grave. Segundo reportagens dos jornais A Tarde e Correio da Bahia, os postos de saúde mantidos pela Prefeitura de Salvador enfrentam falta de luvas e filmes para raio X, além de mais de três meses de atraso nos salários dos médicos, enquanto os hospitais particulares ameaçam paralisar os atendimentos pelo SUS na próxima terça-feira (2), pela defasagem dos valores da tabela de atendimento.
Em aparte, os senadores Alvaro Dias (PSDB-PR) e Antonio Carlos Júnior (DEM-BA) responsabilizaram o governo Luiz Inácio Lula da Silva por problemas na gestão do SUS. O senador Mão Santa (PMDB-PI) também culpou o governo Lula pelo avanço da dengue, malária e tuberculose no país. Já os senadores democratas Heráclito Fortes (PI) e Romeu Tuma (SP) criticaram a suposta tentativa do governo federal de vincular a prorrogação da CPMF à superação da crise financeira do SUS.26/09/2007
Agência Senado
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