César Borges diz que ACM contrariou médicos para continuar trabalhando



Contrariando a recomendação dos médicos, que lhe receitaram uma vida de mais resguardo, e fugindo do conselho dos familiares e dos amigos, preocupados com a debilitação do seu organismo, Antonio Carlos Magalhães não deixou de trabalhar enquanto pôde. Foi o que lembrou o senador César Borges (DEM) ao revelar que Antonio Carlos recusou-se a se licenciar por entender que o seu lugar era no Senado, de onde somente se afastava aos finais de semana, para trabalhar em seu escritório, em Salvador.

Em um discurso emocionado, o senador pela Bahia recordou que Antonio Carlos ficou extremamente abalado quando, em 21 de abril de 1998, perdeu seu filho, o deputado Luiz Eduardo Magalhães. Na ocasião, até os amigos mais íntimos imaginaram que Antonio Carlos estava vencido e liquidado para a vida pública.

- Antonio Carlos ressurgiu da dor, redivivo, dizendo que a única forma de compensar o vazio deixado nele pela morte do filho querido era trabalhar pelos dois. E foi assim que o vimos nesta Casa, até o fim de seus dias. E foi assim que o vi na Bahia, nos últimos meses, combalido em sua saúde, mas nem por isso menos valente e destemido na defesa de sua terra e dos mais humildes - afirmou César Borges.

Na avaliação do senador, por qualquer ângulo que se examine Antonio Carlos, quer seja o de político, de figura humana ou administrador, ele será sempre reconhecido como uma legenda nacional de quem o Brasil e a Bahia muito dependeram em momentos decisivos. O senador acrescentou que ninguém que de Antonio Carlos tenha ouvido falar, bem ou mal, jamais pôde falar dele com indiferença.



08/08/2007

Agência Senado


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