César Borges diz que o 'banditismo tomou conta de Salvador'



O senador César Borges (PR-BA) afirmou em Plenário que "o bandidismo tomou conta de Salvador", implantando "um regime de terror" no ultimo fim de semana, em que foram metralhados postos policiais e um supermercado e incendiados pelo menos cinco ônibus urbanos. Para ele, este é o resultado de "uma política irresponsável de segurança pública", que deixou a cidade "refém do banditismo".

César Borges criticou o secretário de Segurança e o governador do estado, Jacques Wagner, por terem admitido que a polícia tinha informações de que esse tipo de ação poderia ocorrer.

- Tinha informação, mas não fizeram nada preventivamente? - indagou o senador, acrescentando que o governador atribuiu as ações à transferência do líder de traficantes presos, que foi levado para um presídio de segurança máxima no Mato Grosso do Sul.

César Borges sugeriu que o governo do estado "tenha a humildade" de pedir auxílio à Força Nacional de Segurança Pública, para ajudar a conter a violência dos bandidos e restaurar o clima de tranquilidade. Sustentou ainda que a polícia da Bahia está sucateada e recebe baixos salários. Além disso, cada policial que vai para as ruas recebe apenas sete balas, segundo o senador.

O senador opinou que a crise se deve "à falta de comando, não apenas da polícia, mas do governo do estado".

- A polícia baiana perdeu sua capacidade de ação e reação. Está despreparada. Sete balas para um policial que vai para as ruas é um absurdo. Tem policial que usa o colete à prova de bala do colega - disse o senador.

César Borges também criticou o governo do estado por ter decidido, após os incidentes do fim de semana, mandar fechar os módulos policiais construídos nos bairros mais pobres, mantendo os do centro da cidade, "onde a polícia está acuada".

Em aparte, o senador Antonio Carlos Junior (DEM-BA) afirmou que na Bahia "não há gestão e muito menos estratégia de reação em uma crise". Já o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) lembrou que reação parecida de bandidos ocorreu nos últimos dias no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Pouco depois, Suplicy disse ter mantido contato com o governo da Bahia, recebendo a informação de que a situação em Salvador "é de total normalidade" e que o governo estadual determinou a compra de armamentos, munição e de coletes à prova de bala. Além disso, observou, o que acontece em Salvador é a mesma reação do crime organizado ocorrida em São Paulo em 2006.



08/09/2009

Agência Senado


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