César Borges diz que Palocci mentiu sobre idas à mansão e deveria ser demitido



O senador César Borges (PFL-BA) disse nesta segunda-feira (20) que a defesa do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, pelo integrantes da bancada do governo na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos acabou provando que o ministro "cometeu perjúrio", ou seja, mentiu à mesma comissão. O ministro disse à CPI que não havia freqüentado uma mansão em Brasília alugada por ex-assessores, e que poderia ser utilizada para repartição de recursos ilegais, ao contrário do que afirma o caseiro Francenildo Santos Costa. Este foi impedido de depor perante a comissão por causa de ação impetrada no Supremo Tribunal Federal pelo senador Tião Viana (PT-AC).

Na avaliação do senador, o PT não quer que as investigações avancem o que, acrescentou, só faz aumentar as suspeitas sobre Palocci.

- Não coloque palavras na minha boca - reagiu a líder do PT, Ideli Salvatti, que disse ter apenas se posicionado contra a probabilidade de o caseiro tratar de assuntos pessoais e íntimos da vida de Palocci.

César Borges disse que o próprio ministro da Fazenda está fazendo crescer as suspeitas em torno de seu comportamento por não mais aparecer em público e não mais despachar no ministério, temendo o assédio da imprensa.

- Como manter no cargo um ministro sob suspeição? - indagou o senador, depois de ler trechos de matérias na imprensa tratando de aspectos duvidosos da atuação de Palocci.

20/03/2006

Agência Senado


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