César Borges protesta contra cancelamento de verba para metrô de Salvador



O senador César Borges (PFL-BA) classificou como "um verdadeiro absurdo" a solicitação feita pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) de cancelamento do repasse de US$ 32 milhões referentes ao empréstimo, de um valor total de US$ 150 milhões, para financiar parcialmente (50%) a construção do metrô de Salvador.

- Eu não sei o que o povo de Salvador fez ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para merecer essa atitude. Ao contrário, foi lá que ele obteve a maior vitória eleitoral de todas as capitais brasileiras. A obra do metrô é essencial para o sistema viário e atenderá principalmente a população mais pobre. Mais de um milhão de pessoas serão beneficiadas - afirmou César Borges.

A obra do metrô de Salvador, segundo o senador baiano, já recebeu um investimento total de R$ 60 milhões. Desse total, informou, 30% foram gastos pela prefeitura da cidade e pelo governo da Bahia. As obras físicas já estão 60% concluídas. Os serviços, lamentou César Borges, estão parcialmente paralisados, já que dos 1.600 empregados que trabalhavam na construção do metrô, apenas 200 continuam em atividade.

César Borges alertou para a possibilidade do presidente Lula ter sido induzido por seus correligionários baianos a determinar o cancelamento dos US$ 32 milhões, para que o assunto seja explorado politicamente nas próximas eleições. O senador registrou que se a conclusão da obra for inviabilizada, o ofício da Procuradoria da Fazenda, assinado pelo procurador-geral adjunto Rodrigo Pirajá Wienkoski, é uma prova de que o governo federal é o responsável pela paralisação.

Em aparte, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) concordou que o cancelamento do empréstimo é mais um absurdo que o governo federal comete contra a Bahia. Ele comunicou que encaminhou uma correspondência ao presidente da República tratando do problema do metrô e de outros assuntos de interesse do estado.

- Me dirigi ao presidente como senador, como cidadão da Bahia e como brasileiro, mostrando que ele não pode consentir com essa discriminação que o estado vem sofrendo - disse Antonio Carlos.



10/03/2004

Agência Senado


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