Chanceler chega sábado (12) ao Haiti e oferece ajuda no processo eleitoral



Na tentativa de cooperar com o processo eleitoral do Haiti e por orientação da presidenta Dilma Rousseff, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, desembarca no sábado (12) em Porto Príncipe – capital do país caribenho. Patriota terá reuniões com o presidente haitiano, René Préval, e o primeiro-ministro do país, Jean Max Bellerive, além dos dois candidatos que disputarão o segundo turno da sucessão presidencial, em 20 de março.

O chanceler vai anunciar a liberação de US$ 300 mil para colaborar com a realização das eleições. O dinheiro será repassado por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

A viagem de Patriota ocorre no momento em que há uma incerteza política no Haiti em decorrência da chegada do ex-presidente Jean-Claude Duvalier, Baby Doc, e a ameaça de Jean-Bertrand Aritistide, outro ex-presidente da República, também retornar ao país. Ambos foram retirados do poder por pressão popular e são acusados de crimes de corrupção e violação de direitos humanos.

No último dia 5, o Ministério das Relações Exteriores divulgou nota em apoio às eleições no Haiti. Para o Itamaraty, esse apoio é fundamental para a garantia do processo democrático. Por recomendação da Organização dos Estados Americanos (OEA), o Conselho Eleitoral Provisório do Haiti mudou a ordem dos candidatos que disputarão o segundo turno.

Concorrerão à sucessão presidencial a ex-primeira-dama Mirlande Manigat – casada com o ex-presidente haitiano Leslie Manigat (1988) e que é de oposição – e Michel Martelly, um dos músicos mais populares do país, também de oposição. Patriota conversa com ambos até domingo (13).

Para a OEA, o primeiro turno das eleições no Haiti – em novembro de 2010 – registrou uma série de irregularidades, como duplicidade de cédulas eleitorais, resultados fraudados e impedimento de eleitores na hora de votar. Por recomendação da organização, o conselho haitiano mudou o resultado final das eleições – substituiu o governista Jude Célestin pelo artista Martelly.

Paralelamente às incertezas na política, a sociedade haitiana se esforça para reconstruir o país devastado pelo terremoto de 12 de janeiro de 2010. O terremoto causou a morte de mais de 220 mil pessoas e deixou boa parte da população sem casa. A situação ficou ainda mais grave com a epidemia de cólera que matou mais de 4 mil haitianos.

 

Fonte:
Agência Brasil



11/02/2011 11:50


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