Chapa liderada por Marchezan vence a de Yeda



Chapa liderada por Marchezan vence a de Yeda
Convenção do PSDB definiu, no sábado, os novos dirigentes do diretório estadual. Votaram 420 delegados tucanos

A chapa União e Trabalho foi a vencedora, com 244 votos. Já a chapa Solidariedade, liderada pela deputada federal Yeda Crusius, recebeu 176 votos.

A chapa 1 - União e Trabalho -, liderada pelo deputado Nelson Marchezan, venceu a eleição para o diretório estadual do PSDB, com 244 votos. Já a chapa 2 - Solidariedade -, liderada pela deputada federal Yeda Crusius, recebeu 176 votos. A convenção foi realizada no sábado, na Câmara de Porto Alegre. Votaram 420 delegados e estiveram presentes, durante o dia, quase mil partidários.

A nova executiva será escolhida na próxima quinta-feira. A proporcionalidade do novo diretório será de 59% para a chapa 1 e 4 1 % para a chapa 2. Serão 20 suplentes da chapa 1, 14 da dois e 12 delegados.

Marchezan pretende conversar com o seu grupo, para analisar as propostas de todos e proporcionar o engrandecimento do partido. "Queremos o PSDB forte e a nossa intenção é fazer com que os componentes da chapa 2 também participem do nosso projeto. Todos terão a oportunidade de apresentar suas idéias. Vamos imprimir o nosso ritmo, mas com espaço para todos", afirma.


Brizola ataca Lula, Roseana e Garotinho
O líder nacional do PDT lançou o vereador José Fortunati ao governo do Estado e não descartou alianças regionais

O vereador José Fortunati foi lançado ontem ao governo do Estado, pelo presidente nacional do PDT, Leonel Brizola. O lançamento foi à tarde, na Convenção Estadual realizada no pavilhão 2 da Fenac, em Novo Hamburgo. Estavam presentes cerca de 3 mil partidários.

Segundo o ex-governador, Fortunati é um candidato natural e uma esperança para o Estado. "Vamos partir para uma campanha vitoriosa. Temos que discutir quem será o vice-governador. O PDT vai ter um desempenho de grande expressão na vida política do Estado", disse.

Fortunati afirmou que "ao contrário do que pensam, o PDT está mais vivo do que nunca. Se o partido passou por uma crise, essa crise já foi deixada de lado". O ex-petista criticou o atual governo, afirmando que o governador Olívio Dutra e o PT "renegaram grande parcela daqueles que foram responsáveis pela sua vitória" e que "o partido se encheu de soberba e prepotência".

Fortunati também não poupou o ex-governador Antônio Britto. "Em 1994, Britto governou para a metade do Estado. A sua principal preocupação foi vender o patrimônio público", enfatizou.

ALIANÇAS - Brizola não descarta alianças com o PPS e PMDB. "Vamos fazer uma grande campanha, completar as articulações. Estamos prospectando e não vetamos, nem mesmo, o ex-governador Antônio Britto (PPS)". Faz uma ressalva: "Desde que ele venha com espírito de colaboração, para ocupar uma situação que não nos iniba e que não represente uma contradição para nós", afirmou.

O ex-governador também acha possível uma aproximação com a corrente Movimento Liberal, liderada pelo deputado e presidente da Assembléia Legislativa, Sérgio Zambiasi (PTB). "Os integrantes dessas áreas precisam de nós, como nós também precisamos deles”, enfatizou.


PT terá prévias apesar da resistência de Lula
Suplicy mostrou que é bom de briga ao dobrar a cúpula petista e garantir sua candidatura. Agora defende os debates

O 12º Encontro Nacional do PT, realizado no final de semana em Recife (PE), definiu a realização de prévias em 3 de março de 2002, para indicar o candidato do partido às eleições presidenciais. O duelo deverá opor Luiz Inácio Lula da Silva e o senador Eduardo Suplicy (SP).

As prévias acontecerão contra a vontade de Lula, que considera ter a ampla maioria do apoio petista para ser candidato e só cedeu à idéia da eleição interna para não ser acusado de impor o seu nome. Mas Lula já avisou que não vai debater com Suplicy.

O senador, que já demonstrou ser bom de briga ao dobrar a cúpula do PT e forçar as prévias, agora quer convencer o partido da necessidade dos debates. Para isso, Suplicy está disposto a cavar os mais insólitos apoios. Segundo a Agência Estado, o senador pensa até em pedir ao apresentador Silvio Santos que promova um debate entre candidatos petistas, transmitido ao vivo pelo SBT.

"Quero ter o direito democrático de debater, mas algumas pessoas no PT se preocupam com a exposição das minhas idéias, porque sabem que eu posso vencer", provoca Suplicy.
A inscrição de Lula nas prévias foi referendada por 80% dos 91 integrantes do Diretório Nacional do PT. Ele explicou ao plenário porque não fez a inscrição: "Estou vivendo o momento mais tranqüilo da minha vida.

Não pensem que eu não me inscrevi na prévia por frescura, por fazer charminho. Eu sou o único dos petistas que não pode se inscrever. Porque iriam dizer que o Lula não dá chance para outro”, afirmou o líder petista.


Relatório complica Padilha.
Um documento confidencial da Advocacia Geral da União (AGU) de 30 páginas mostra o resultado de uma auditoria na Consultoria jurídica do Ministério dos Transportes, para investigar fraudes envolvendo pagamento de precatórios (dívidas judiciais) no Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), e indica prejuízo de R$ 122,9 milhões aos cofres públicos.

O relatório contém pareceres, ofícios e notas técnicas assinados pelo ex-ministro Eliseu Padilha, pelo consultor jurídico Arnoldo Braga Filho e pelo assessor especial Marco Antonio Tozzatti. "Resta evidente que o Ministério dos Transportes tinha pleno conhecimento dos fatos", aponta a corregedoria na página 10, referindo-se a transações fechadas pelo DNER.

Os negócios permitiram a credores do DNER furar a fila para receber dividas judiciais, mediante acordos realizados sem a observância da ordem cronológica dos precatórios", afirma o texto.

NOTA - O ex-ministro dos Transportes Eliseu Padilha distribuiu ontem uma nota, em resposta às acusações. Ele diz que foi envolvido “mentirosa e criminosamente em possíveis irregularidades que teriam sido cometidas por funcionários de terceiro escalão de uma autarquia vinculada ao ministério".

Há dois anos, segundo Padilha, órgãos de controle do governo, além do judiciário e do Ministério Público Federal, apuram as denúncias, e, desde 1999, determinou a abertura de sindicâncias. Ele diz que os resultados foram processos disciplinares e demissões. "Se houve irregularidades nos atos, a justiça haverá de descobrir", afirma.


Nova tabela do IR será aprovada na quarta.
Qualquer que seja a contra-proposta do Executivo, o projeto de lei que corrige a tabela do Imposto de Renda em 17,5% será aprovado quarta-feira no Senado, por ampla maioria de votos. A avaliação leva em conta o apoio de quase toda a bancada governista e a falta de tempo para discutir alguma saída alternativa. O projeto tramita em regime de urgência.

O líder do governo na Câmara, deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), acredita que o presidente Fernando Henrique Cardoso, podendo contar com cortes nas despesas do ano que vem, não vetará a correção.

A expectativa do vice-líder do governo, Romero jucá (PSDB-RR), é conhecer a posição do governo amanhã, na reunião que ele e os outros líderes terão com Fernando Henrique. Na avaliação de jucá, a opção do presidente pela sanção ou pelo veto vai depender dos estudos feitos pela equipe econômica sobre o impacto da correção nas contas públicas.

O senador Paulo Hartung (PSB-ES), autor do projeto que corrige o IR, acredita que o governo vai pensar duas vezes antes de vetar a correção. Um dos fatores que desaconselham essa saída, na opinião do senador, é a ameaça de o Congresso derrubar o veto. Ele lembra que nos sete anos do governo Fernando Henrique, a arrecadação pulou de 26% para 33% do PIB (Produto Interno Bruto).


Editorial

Candidato não é sabonete

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) tem sido incansável em denunciar o fato de que as eleições são, cada vez mais, decisão de marqueteiros. Isto é: para alguém sair vitorioso nas urnas o que importa é a imagem, especialmente a televisiva, ficando em segundo plano as idéias dos candidatos.

Pois semana passada o publicitário Duda Mendonça, responsável pela campanha de Lula, passou recibo dessa distorção. Ele disse: "Gostaria de enfrentar o Serra no segundo turno, porque ele é competente, mas já ganhei dele em outras eleições". Como se sabe, Duda nunca disputou um cargo público. Ele estava falando de seu trabalho como marqueteiro.

A declaração levou o jornalista Carlos Chagas à seguinte análise: "Encarregados de montar programas de televisão para o horário de propaganda gratuita, os marqueteiros extrapolaram. julgam-se não apenas os promotores dos candidatos. Passaram a querer decidir quem deve e quem não deve disputar determinado cargo. Colocam-se acima dos dirigentes partidários, de um lado, e das bases eleitorais, de outro.

De uns tempos para cá, atropelam ainda mais, pretendendo substituir o próprio candidato, na medida em que imaginam ser eles a ganhar ou a perder a eleição. Mas candidato não é sabonete, como sempre repetiu Washington Olivetto, que jamais admitiu trabalhar em campanhas eleitorais".

Como bem diz Carios Chagas, o povo não é bobo. "Sucessão é coisa séria, serve para definir os rumos do País por longo período. Transformadas as campanhas em duelos publicitários, o risco será de imensa surpresa eleitoral quando os computadores revelarem a soma dos votos.

Afinal, o eleitorado não pode ser comparado aos freqüentadores ou telespectadores desses programas de auditório, onde se faz tudo por dinheiro..."


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12/17/2001


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