Chávez não é boa companhia, adverte Eduardo Azeredo
O gesto do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de mandar um beijo para a pré-candidata governista Dilma Rousseff, numa demonstração de apoio, foi comentado nesta quarta-feira (28) pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que é presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).
O senador disse que a companhia de Chávez não é boa, porque o dirigente venezuelano "é seguramente um dos governantes mais ultrapassados que a América do Sul já teve". Com seu populismo, salientou, "impõe elevados sacrifícios ao povo de seu país", com inflação alta, desabastecimento e descrédito.
Estatização
A estratégia de nacionalização de Chávez foi também criticada por Azeredo. Segundo ele, se o presidente venezuelano se hospeda em um hotel e não gosta do serviço, estatiza o estabelecimento, fazendo o mesmo com supermercados e outras empresas comerciais.
O senador considerou um erro a decisão do Brasil de aprovar o ingresso da Venezuela no Mercosul e disse que o país vizinho, sob o regime chavista, será um complicador para o bloco econômico.
Azeredo também criticou a declaração de Hugo Chávez de que não sabe quando deixará o poder na Venezuela - ele está no cargo desde 1999, enfrentou um golpe de Estado e tem pela frente mais dois anos e meio de mandato.
Violência
O senador também pediu a todos os brasileiros que façam uma reflexão sobre a banalização da violência. Citou crimes bárbaros acontecidos em Minas Gerais e em Goiás e disse que a busca de solução deve envolver todos.
- É muito fácil alguém chegar a uma mesa de bar e dizer que a culpa é da autoridade do dia. Não é assim. A culpa é da sociedade brasileira como um todo, a culpa é de quem realmente permite que esse tipo de violência continue. Inclusive da própria divulgação de como esses crimes acontecem.
28/04/2010
Agência Senado
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