CI: especialistas e senadores pedem correção no modelo atual



Durante audiência pública realizada nesta terça-feira (10) na Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI) para debater medidas provisórias (MPs) sobre o setor elétrico brasileiro, o vice-presidente da Associação Brasileira de Geradoras Termoelétricas (Abraget), Antonio Manuel Rocha, afirmou que os investidores que apostaram em usinas termoelétricas acreditando nos contratos firmados com o governo anterior estão em situação difícil.

Segundo ele, há usinas termoelétricas cujas obras já começaram, com autorização para funcionar como "independentes", mas que, com a edição das MPs, foram impedidas de participar de licitações de "energias novas". O representante da Abraget pediu que a medida provisória seja modificada. "Há mais de US$ 2 bilhões investidos", advertiu.

O diretor da Federação das Indústrias de São Paulo, Pedro Krepel, disse que cada mudança na legislação sobre o setor só "introduz cada vez mais ineficácia". Ele opinou que teria sido mais fácil corrigir e ajustar o modelo anterior do que criar um novo modelo e lembrou que, apesar de faltar apenas garantir o acesso de 4% da população à luz elétrica para chegar à universalização do sistema, essa "milha final" é a mais cara, pois se tratam dos locais mais inacessíveis. "Alguém terá que pagar o preço por ela", avisou.

O senador José Jorge (PFL-PE), presidente da CI e co-autor do requerimento que determinou a realização da reunião, lamentou que o governo tenha anunciado um novo modelo para o setor elétrico ao invés de corrigir o modelo anterior. Para José Jorge, seria melhor o governo corrigir os problemas do setor sem fazer alarde, para que tudo acontecesse de maneira mais harmoniosa.



10/02/2004

Agência Senado


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