Cícero Lucena critica intransigência do governo da PB nas negociações com os grevistas
O senador Cícero Lucena (PSDB-PB) disse, nesta segunda-feira (7), que em dez meses do atual governo o estado da Paraíba já teve greves em praticamente todos os setores do funcionalismo público estadual. Ele lamentou que, após realizar uma licitação para a área de comunicação social no valor de R$ 18 milhões a serem gastos até o final do ano, o governador Ricardo Coutinho tenha emitido sua primeira peça publicitária na forma de uma nota oficial criticando a greve dos servidores do Fisco Estadual.
Na nota, que tem o título de "A intransigência do Fisco", informou o senador, o governo acusa os grevistas de terem recusado "intransigentemente" todas as propostas de reajuste salarial oferecidas. Lucena citou a nota dos grevistas em que garantem terem deflagrado o movimento para garantir o cumprimento da Lei nº 8438/2007 (Lei do Subsídio), um direito conquistado pela categoria que vinha sendo observado pelos dois últimos governos e está sendo desrespeitado pelo governo Ricardo Coutinho. O governo ainda alega não ter recursos, mas os auditores fiscais garantem que "dinheiro em caixa tem".
- Uma nota que, no mínimo, podemos dizer que é uma nota nazista fascista e ditatorial - afirmou o senador.
O senador defendeu os grevistas ressaltando a informação de que a categoria fiscal está com 30% do contingente em atividade, conforme exige a lei de greve. Ele também assinalou que o governo não fornece condição de trabalho, pois falta combustível para as viaturas do Comando Fiscal e material de expediente e o número de pessoal terceirizado foi reduzido.
- O sistema de informática está inoperante e o governo indiferente às cobranças dos auditores pelo restabelecimento dos serviços. Todos os 146 cargos comissionados da Secretaria da Receita do estado da Paraíba foram entregues ao governador, inclusive o de secretário de estado e do secretário-executivo; não se sujeitaram à imposição, à intransigência e à falta de diálogo do atual governo da Paraíba - acrescentou.
07/11/2011
Agência Senado
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