Classe média brasileira chegará a 60% da população em 2018, afirma Dilma



Em visita à capital dos Estados Unidos, Washington, a presidenta Dilma Rousseff reiterou, na segunda-feira (9), que a crise econômica mundial impõe a todos a busca pela superação de paradigmas e de novas oportunidades. No caso brasileiro, o crescimento da classe média é o estímulo para o País manter os esforços para o crescimento econômico, disse a presidenta. 

Brasil está em 58° lugar no ranking de competitividade econômica.

 

Segundo Dilma, mais brasileiros serão incluídos neste nicho da sociedade, alcançando 60% da população em 2018. “A classe média é a chave para a força e a capacidade de crescimento da economia em nosso País”, ratificou a presidenta, durante encontro com empresários e representantes de várias universidades. “A crise econômica internacional impõe a nós imensos desafios. Mas tem sido também a oportunidade para ultrapassar paradigmas.” 

Foi lembrado que o Brasil tem se esforçado, consolidando a superação de dificuldades econômicas em pilares sólidos. Dilma Rousseff ressaltou que, atualmente, o Brasil tem reservas líquidas acima de sua dívida externa e, também destacou que em 2002 a dívida líquida brasileira sobre o Produto Interno Bruto (PIB) era 64% e agora está em 36,5%. 

De acordo com a presidenta, os esforços do governo são para dar mais transparência aos gastos públicos e aplicar de maneira adequada os recursos federais. Essa disposição faz parte de uma opção feita pelos setores público e privado, assim como pela sociedade brasileira. “É importante que se destaque a iniciativa, que é do governo, dos empresários e do povo brasileiro”, acrescentou. 

Para Dilma, há uma opção clara no Brasil por estimular o crescimento econômico com medidas de justiça social e mais democracia. “Buscamos um mercado de consumo de massa que é uma forma de justiça social”, disse ela, lembrando que as mudanças no Brasil refletem o que ocorre no mundo como um todo. 

Ao defender a participação da classe média como força motriz na economia, Dilma lembrou que processo semelhante ocorre na Rússia, Índia, China e África do Sul, países que compõem o bloco do Brics. Os cinco países têm grandes extensões territoriais e desafios comuns a perseguir, como a inserção das classes marginalizadas, pobres e que têm fome. 

A visita de dois dias da presidenta Dilma aos Estados Unidos acaba nesta terça-feira (10). Antes, ela passa o dia em Boston, para visitar as universidades de Harvard e Massachusetts - onde deverá apresentar as parcerias para o programa Ciência sem Fronteiras. 

 

Fonte:
Agência Brasil



10/04/2012 12:30


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