Clubes de troca negociam produtos e serviços



Os clubes de trocas reúnem moradores de uma comunidade para o intercâmbio de produtos, serviços ou saberes entre si. Cada grupo estabelece sua metodologia e os períodos de reuniões, que podem ser semanais, quinzenais ou mensais.

O mercado de trocas conta com a figura dos “prossumidores”, participantes que são ao mesmo tempo produtores e consumidores. As feiras promovem a cooperação porque são uma alternativa ao desemprego e criam benefícios para todos os integrantes. O sistema favorece ainda a cultura de consumo consciente e fortalece as relações comunitárias.

Em 2004, um encontro nacional de grupos de trocas solidárias foi realizado em Mendes, no interior do Rio de Janeiro, e reuniu representantes de clubes dos estados da Região Sul e Sudeste, além de Goiás, Bahia, Pará, Distrito Federal e também do México e Argentina.

Com os clubes surgem moedas sociais em cada comunidade, que se tornam a referência monetária para as trocas. As moedas são uma alternativa quando não ocorrem trocas diretas de produtos ou serviços.

Algumas moedas ganham lastro, extrapolam os clubes de troca, que se caracterizam por ser um grupo fechado com reuniões periódicas, e dão origem aos bancos comunitários, abertos ao público e de funcionamento permanente.

A Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), do Ministério do Trabalho e Emprego, já listou mais de 60 experiências do gênero no País. Um dos últimos bancos a ser inaugurado foi o da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. 

As moedas complementares de circulação local têm lastro na moeda nacional, ou seja, para cada moeda emitida existe no banco comunitário um correspondente em real. As cédulas são confeccionadas com componentes de segurança como papel moeda, marca d’água, código de barra e números de série para evitar que ocorram falsificações.

A articulação dos bancos é feita pela Rede Brasileira de Bancos Comunitários. Os integrantes passam por um processo de formação para receber o selo de certificação da entidade. Os bancos comunitários prestam contas de suas atividades no encontro nacional da rede, que ocorre anualmente.

Os bancos fazem a troca entre as moedas. Por exemplo, o dono de um açougue recebe o pagamento na moeda social e vai a um banco comunitário trocar o valor por reais. Santana, Castanha, Sabiá, Tupi e Palmas são os nomes de algumas das moedas sociais existentes hoje no Brasil.

Fontes:
Ministério do Trabalho
Fórum Brasileiro de Economia Solidária 
Banco Palmas



04/09/2013 17:48


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