Comandante da Aeronáutica diz que Brasil tem pleno controle do Sivam
Durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), nesta quinta-feira (6), o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-ar Luís Carlos da Silva Bueno, afirmou que o Brasil tem total controle sobre as informações obtidas pelo Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam).
- Nós filtramos até as informações que são cedidas a países vizinhos. Justamente para manter o sigilo, pagamos US$ 1,4 bilhão para os americanos, para termos as informações que precisamos e sermos os únicos donos delas - garantiu.
De acordo com o comandante, entre as informações consideradas sigilosas estão as relativas à localização de jazidas de petróleo e minérios.
Ao longo do debate, o senador Mozarildo Cavalcanti (PPS-RR) se mostrou preocupado com a soberania nacional na região. Para Mozarildo, a Amazônia é o ponto mais vulnerável do país. Bueno garantiu ao senador que as informações estratégicas geradas pelo Sivam são absolutamente sigilosas.
O senador Augusto Botelho (PDT-RR) também se mostrou preocupado com a segurança das informações do Sivam, já que seus dados passam por satélite alugado. O responsável pela Comissão para Coordenação do Sivam, brigadeiro-do-ar Ramon Borges Cardoso, afirmou que informações estratégicas não passam por satélite.
O presidente da CRE, senador Eduardo Suplicy (PT-SP), sugeriu uma visita dos senadores à Amazônia para conhecer de perto o sistema, mas ainda não foi fixada data para a viagem. Ele disse ainda que a comissão apresentará emendas ao projeto de Orçamento da União para 2004 com a finalidade de garantir mais recursos para a finalização do projeto Sivam.
Em resposta ao senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), o brigadeiro Ramon Borges Cardoso informou que ainda precisam ser pagos US$ 500 milhões, parte dos quais se destina à compra de material sobressalente para o Sivam.
Prêmio Nobel
Também nesta quinta-feira a Comissão de Relações Exteriores aprovou por unanimidade requerimento do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), com parecer favorável de Suplicy, de apoio à candidatura do economista Celso Furtado ao prêmio Nobel de Economia em 2004.
Aplaudiram a iniciativa e expressaram admiração por Furtado os senadores Marco Maciel (PFL-PE), Pedro Simon (PMDB-RS), Arthur Virgílio (PSDB-AM), Eduardo Azeredo e Tasso Jereissati (PSDB-CE).
06/11/2003
Agência Senado
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