Combate à pobreza reduz o trabalho infantil
As políticas de transferência de renda, aliadas à oferta de educação, saúde e capacitação profissional aos jovens e adolescentes, foram fundamentais para reduzir os índices de trabalho infantil no Brasil nos últimos anos, avalia a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. A ministra presidiu a 3ª Conferência Global sobre Trabalho Infantil, realizada esta semana em Brasília, e conversou com jornalistas após o encerramento oficial do evento nesta quinta-feira (10).
A ministra acredita que o País tem muito a compartilhar com outras nações, diante dos resultados expressivos atingidos nos últimos dez anos, no enfrentamento à exploração da mão-de-obra de crianças e jovens. “O Brasil, como referência, atraiu vários países para conhecer como conseguimos reduzir em dois terços o trabalho infantil, enquanto o restante do mundo reduziu um terço no mesmo período”, afirmou.
O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, destacou que a experiência brasileira nesta luta é essencial para os outros países do mundo alcançarem o objetivo de eliminar as piores formas de trabalho de crianças e adolescentes até 2016. “O Brasil tem um papel importante, porque tem políticas que funcionam”, afirmou.
Erradicação do trabalho infantil depende de redução da pobreza
Tereza Campello apontou que o Brasil enfrenta, agora, o desafio de combater o trabalho infantil nos lixões e nos domicílios. Neste último caso, com ações mais complexas, já que a inviolabilidade dos lares, aliada a uma falta de consciência das famílias sobre o limite entre a atividade aceitável e a exploração do trabalho infantil, torna mais difícil a identificação da maioria dos casos. “O caminho é continuar reduzindo a pobreza, aumentar a oferta de educação e termos campanhas de conscientização para acabar com o trabalho infantil. Nossa meta é reduzir o trabalho infantil em todas as suas formas”, afirmou.
3ª Conferência Global sobre Trabalho Infantil
A presidenta da Conferência também comemorou o sucesso do encontro, que reuniu quase o dobro de delegações em comparação à conferência anterior, em 2010, em Haia (Holanda). Mais de 1,3 mil representantes de 153 países estiveram na capital brasileira para discutir o tema. O evento reuniu representantes de governos, da sociedade civil, e de organizações regionais e internacionais, além dos trabalhadores, empregadores e dos próprios jovens. A Conferência Global foi presidida e organizada pelo governo brasileiro e contou com o apoio da OIT.
Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
11/10/2013 11:08
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