Combater o crime organizado é tarefa do Estado, diz João Alberto
Segundo João Alberto, nessa luta há necessidade urgente de ação remodeladora das estruturas e dos arcabouços legais do Estado, inclusive a reforma do Judiciário, para que a aplicação da justiça seja mais ágil, transparente e imparcial. É preciso combater o crime sem trégua, com intervenção forte e continuada, defendeu. "Basta de seqüestros, de roubos, de balas perdidas vitimando inocentes, de desvio de cargas, de corrupção", afirmou.
O senador pelo Maranhão lembrou a atuação das forças de segurança durante o regime militar para afirmar que, quando existe determinação do Estado, a eficácia se concretiza. "Nenhum dos elementos subversivos conseguia viver em clandestinidade com segurança. Todos foram localizados e dominados, colocados na prisão ou mortos", enfatizou.
Para João Alberto, todos sabem, no Brasil, onde circulam os ladrões de carros, os contrabandistas, os traficantes de drogas, bem como conhecem as formas utilizadas para superfaturamento do custo das obras públicas, sonegação de impostos e lavagem de dinheiro. "Mas tem-se a impressão de que o país vive um estado de imobilidade, uma perigosa letargia que agrava os problemas e robustece as organizações malsãs", disse.
Na conclusão de seu pronunciamento, o senador citou Platão que, em seu livro República, afirmou estar o Estado, ao falecer diante do crime, fadado a receber o castigo de ser dirigido por demagogos, corruptos e criminosos. "Não há tempo a perder nesse campo", alertou João Alberto.
16/04/2001
Agência Senado
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