Comissão da Verdade cria grupo para apurar violações em lutas por terra



Grupo começou a apurar casos de violência contra camponeses e indígenas pelo Exército durante a Guerrilha do Araguaia

 

O Diário Oficial da União de sexta-feira (16) trouxe a Resolução que cria, dentro da Comissão Nacional da Verdade, um grupo de trabalho para apurar violações aos direitos humanos com motivações políticas de pessoas que lutavam pela terra e de povos indígenas no período da ditadura militar.

O objetivo do grupo será esclarecer a autoria e as circunstâncias em que se deram violações como torturas, mortes, desaparecimentos e ocultações de cadáveres. A investigação visa tornar públicos os locais, os autores e as instituições envolvidas nesses crimes.

A psicanalista Maria Rita Kehl foi nomeada presidente do grupo, que também terá como integrantes Heloísa Maria Murgel Starling, Pedro Helena Pontual Machado, Wilkie Buzatti Antunes e Inimá Ferreira Simões. Nenhum dos integrantes será remunerado pelas atividades.

Araguaia

A Comissão Nacional da Verdade começou a discutir no último sábado (17), em Marabá (PA), violações dos direitos de camponeses e indígenas pelo Exército durante a Guerrilha do Araguaia, ocorrida no início da década de 70. Foi a primeira vez que a Comissão Nacional da Verdade faz uma audiência pública em cidade que não é capital de estado.