Comissão de Cidadania e Direitos Humanos quer ouvir Polícia Federal sobre detenção de Bové



Os novos presidente e vice-presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, que tomaram posse ontem (31/1) confirmaram que irão oficiar a Polícia Federal para obter esclarecimentos sobre a detenção de José Bové em Porto Alegre. “Entendemos que houve violação aos direitos humanos”, justificou Roque Grazziotin (PT), que presidirá a CCDH nos próximos dois anos. O deputado acredita que a Polícia Federal agiu de forma precipitada, pois a manifestação contra o plantio de soja transgênica realizada em uma unidade da empresa Monsanto foi um protesto pacífico, do qual vários grupos e entidades nacionais e internacionais participaram. “Este acontecimento não pode ser visto de forma isolada. O ato foi um alerta aos perigos econômicos e para a saúde que as sementes transgênicas representam para a humanidade”, observou Grazziotin. O deputado considerou a decisão da Justiça, que garantiu atarvés de habeas corpus o embarque do ativista francês na data prevista (ontem, 31/1, à noite) uma atitude de bom senso. Na opinião da deputada Luciana Genro (PT), que novamente assume a vice-presidência da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, a prisão provisória de José Bové foi um ato extremamente autoritário. Luciana disse que o Legislativo não pode ficar omisso neste caso de grave desrespeito com a liberdade de manifestação.

01/31/2001


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