Comissão do Mercosul discute futuro parlamento e se reúne com os chefes de estado em Montevidéu



A criação do Parlamento do Mercosul deverá ser o tema dominante da 22ª Reunião Plenária da Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul (CPCM), que se realizará em Montevidéu, de domingo (14) a segunda-feira (15). Há cerca de dois meses, a representação brasileira da Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul apresentou um anteprojeto para a criação do futuro Parlamento. A seção da CPCM e o Executivo argentinos deverão propor em Montevidéu um projeto semelhante.

- Nunca houve uma vontade política tão intensa e tão coincidente para a integração política do Mercosul como agora - disse, o presidente da representação brasileira da CPCM, deputado Doutor Rosinha (PT-PR).

O encontro será encerrado na terça-feira (16), quando os parlamentares da Comissão Parlamentar Conjunta participarão da reunião de cúpula dos chefes de Estado do Mercosul, Bolívia e Chile. O Uruguai transmitirá a presidência pro tempore para a Argentina.

O deputado destacou a atuação política do bloco durante este ano, lembrando a participação de Brasil e Argentina na constituição do G-20 (agora conhecido como G-10), na reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Cancún, em defesa dos interesses dos países em desenvolvimento. Lembrou, também, a articulação do Mercosul nas negociações para a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), em Trinidad y Tobago e depois em Miami.

- Quando os quatro sócios (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai), mais Bolívia e Chile (países associados) atuam em conjunto, reforça-se a posição da região. Não se trata de confrontação. É a organização de um bloco com característica fundamental de mudança, principalmente no campo interno - afirmou Doutor Rosinha.

Ele destacou, ainda, o trabalho da seção brasileira da CPCM que, embora tenha sido constituída apenas em maio, chegou no fim de ano com a pauta zerada. O único item da pauta que não foi analisado foi o projeto de plebiscito da Alca, de autoria do senador Roberto Saturnino (PT-RJ). A comissão decidiu promover uma audiência pública com autoridades do Poder Executivo sobre o ingresso do Brasil, no primeiro semestre de 2004. O deputado observou que não se pode disssociar os progressos feitos da ação do Executivo.

- A ação da política externa determinada pelo presidente Lula foi fundamental para uma maior integração política do bloco - afirmou.



12/12/2003

Agência Senado


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