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As metas de redução da mortalidade infantil, melhora da saúde da gestante e combate à Aids, à malária e a outras doenças deverão ser discutidas pelos senadores na próxima quarta-feira (21) com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e com representantes do Unicef - Fundo das Nações Unidas para a Infância - no Brasil e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, conforme proposta da relatora. Por sugestão do senador Augusto Botelho (PT-RR), também deverá estar presente à audiência pública um representante da Sociedade Brasileira de Pediatria.

No próximo dia 28, estarão em debate as metas de combate à fome e à miséria, de sustentabilidade ambiental e de parceria mundial pelo desenvolvimento. Serão convidados os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e o coordenador da ONU no Brasil. O nome de Patrus Ananias também foi sugerido por Augusto Botelho, que é vice-presidente da comissão.

A terceira audiência pública ainda não tem data marcada. Ela se destinará ao debate sobre as metas de educação básica para todos e de igualdade dos sexos e valorização da mulher. Deverão participar da discussão o ministro da Educação, Fernando Haddad, a ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire, além de representantes da Unesco - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - no Brasil e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação.

Ainda não foram definidos os representantes das organizações sociais, mas Kátia Abreu deverá sugerir o convite aos dirigentes do Núcleo de Apoio a Políticas Públicas, do Observatório Regional Base de Indicadores de Sustentabilidade e da Associação Brasileira das Organizações Não-governamentais (Abong).

Salto

A presidente da comissão, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), manifestou seu desejo de que o Brasil e a América Latina possam dar um "salto" para atingir as metas do milênio.

Já a relatora, Kátia Abreu, afirmou que a meta de redução pela metade da proporção da população que sofre de fome até 2015 é da maior importância. A senadora registrou que, hoje, um bilhão e cem milhões de pessoas passam fome. Lembrou que elas estão espalhadas pelo mundo e citou a Índia e a África Subsaariana como regiões em que o problema se manifesta com intensidade.

A senadora lembrou ainda que, também no Brasil, milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza. Kátia Abreu reconheceu que houve progressos com os programas de transferência de renda, iniciados no governo Fernando Henrique Cardoso e ampliados no governo Lula, mas disse que "é preciso avançar para que a retirada da pobreza seja sustentável, para que as pessoas não fiquem vulneráveis":

- O levante que todos precisamos fazer no Brasil é sacudir o país com relação a essa pobreza extrema - concluiu a relatora.

Rita Nardelli / Agência Senado

METAS DO MILÊNIO

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