Comissãoa faz moção cobrando pagamentos atrasados e manutenção do PET



A Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, presidida pelo deputado Giovani Cherini (PDT), encaminhará moção ao Ministro Paulo Renato, pedindo o cumprimento do Programa Especial de Treinamento, no que se refere ao repasse de recursos para alunos bolsistas e tutores. Ao mesmo tempo, manifesta total apoio e pede a continuidade do PET, que só no Rio Grande do Sul beneficia mais de 400 alunos de Universidades públicas e particulares. A decisão de encaminhar uma moção foi tomada nesta terça-feira (05) durante reunião ordinária da Comissão com coordenadores do PET de várias instituições de ensino superior, entre elas a UFRGS e a Unisinos. Professores e alunos denunciaram o atraso no repasse dos recursos há mais de seis meses, mesmo havendo dotação orçamentária para o Programa, conforme informou o Dante Barone, do PET - Informática da Urgs. Segundo o deputado Cherini, o documento pretendeu contemplar todos os esforços, reunir o máximo de assinatura dos deputados gaúchos e atender às reivindicações da comunidade acadêmica. Além do ministro, a moção foi encaminhada a bancada gaúcha no Congresso Nacional. A reunião também serviu para avaliar a participação da Comissão no processo que evitou a extinção do PET no ano passado. Depois da audiência pública realizada em 21 de setembro do ano passado, o presidente Giovani Cherini e o deputado Jorge Gobbi, do PSDB, estiveram em Brasília para uma audiência com o ministro da Educação, Paulo Renato, quando trataram do assunto. O encontro foi no mesmo dia da mobilização nacional pela manutenção do PET. A investida teve bons resultados, pois o PET não foi extinto como o governo havia anunciado. Porém, o repasse dos valores para tutores e bolsistas passaram a não ter regularidade, conforme explicou Barone, criando uma situação de desetabilidade. O professor Luiz Inácio Gaiger, da Unisinos, disse que os argumentos do governo de que o programa é limitado e elitista não se sustentam pela fragilidade do conceito que pretende criar para justificar a medida. Pelos resultados obtidos durante os 21 anos de existência do PET, Gaiger considera que o programa deveria ser a menina dos olhos do MEC. Já o professor Álvaro Ayala acha importante que o MEC retome o processo de avaliação dos grupos, interrompido há quatro anos. Ele acredita que só desta forma será possível certificar o sucesso do PET.

12/05/2000


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