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Requião apontou a importância das relações comerciais entre os dois países e destacou o papel da Venezuela de "balão de oxigênio para a economia brasileira", principalmente em relação a produtos industrializados e alimentos, especialmente num momento em que a Argentina enfrenta dificuldades e compra menos do Brasil.

- Eu gostaria de lembrar que no ano passado o superávit comercial do Brasil com a Venezuela foi de US$ 6 bilhões - disse.

O senador também fez críticas à gestão da estatal venezuelana de petróleo (PDVSA) por diminuir a extração e pelos problemas de combate aos desníveis cambiais.

- Existem muitas coisas que precisamos entender com maior profundidade sobre a questão venezuelana. Vemos uma radicalização extrema por parte de uma parcela do governo e da oposição. As duas radicalizações não ajudam em nada a Venezuela e seria muito interessante que o Senado brasileiro conhecesse isso tudo mais de perto - afirmou.

Requião recomendou a criação de uma comitiva pluripartidária representativa da Casa. Para a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), os problemas da Venezuela afetam o Brasil, independente de convicções políticas e ideológicas.

- Nós temos as nossas opiniões individuais,  mas agora o que interessa a todos é que a Venezuela encontre um clima harmônico para que possa seguir trabalhando para o seu povo e que a violência que se manifesta possa cessar imediatamente - disse Vanessa.

O presidente da comissão, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) ratificou a importância da visita.

- O que nos cabe  aqui é encontrar um modo, nos nossos limites, de contribuir para a superação desse ambiente e dessa conjuntura que a Venezuela está sendo desafiada. Por tudo que nos une à Venezuela, no ambiente econômico, social, cultural e das nossas fronteiras - resumiu.

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