Concessionárias constroem mais pedágios que passarelas



Concessionárias constroem mais pedágios que passarelas Três anos depois de iniciada a concessão de rodovias em São Paulo, os 3.500 km de estradas privatizadas ganharam 48 praças de pedágio (94% do previsto) e apenas 46 passarelas (40% do contratado). Até julho deste ano, as 12 concessionárias investiram R$ 2,76 bilhões, 4,5% menos que a previsão para o período. A diferença é suficiente para erguer mais de 400 passarelas. Em São Paulo, nas rodovias privatizadas, a média é de ao menos dois atropelamentos diários. Uma pesquisa revela que 76% dos usuários estão satisfeitos com as melhorias já obtidas, mas 57% consideram alta ou muito alta a quantidade de pedágios, e 78% dizem que as atuais tarifas são exageradas. A Secretaria dos Transportes nega que a segurança dos pedestres tenha sido relegada a segundo plano entre as exigências do Governo. (pág. 1 e C1) * O procurador da República Luiz Francisco de Souza colocou o CPF de um adversário, o advogado Amauri Serralvo, no pedido de quebra de sigilos do ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge. Para o advogado, houve má fé. Segundo Luiz Francisco, foi um "erro material". (pág. 1 e A12) * Em 10 de junho, quando a "Folha" revelou a existência de depósitos no exterior em nome de Paulo Maluf e de seus familiares, foram feitas três ligações de telefones de Flávio Maluf, filho do ex-prefeito, ao escritório de advocacia suíço Schellenberg Wittmer. Maluf nega ter contas no exterior. (pág. 1 e A5) * A ala governista do PMDB deverá sair vitoriosa da convenção que escolherá hoje o novo presidente do partido. O deputado federal Michel Temer (SP) e o senador Maguito Vilela (GO) estão na disputa. A eventual vitória de Temer diminuirá expressivamente as chances de Itamar Franco sair candidato a presidente pela sigla. O PMDB segue dividido entre lançar nome ou integrar aliança encabeçada pelo PSDB. Se ganhar, Temer tido como o "tucano do PMDB", terá a missão de convencer o senador Jader Barbalho a renunciar à presidência do Senado, na tentativa de diminuir os danos à imagem do partido. (pág. 1 e A8) Editorial "Ousar pensar" O efeito mais perverso causado pela absoluta hegemonia que o ideário neoliberal exerceu nos últimos anos, em especial na América Latina, talvez não tenha sido econômico (refletido no medíocre crescimento da região) nem social (pobreza e desigualdade permanecem em patamares insustentáveis). Talvez o pior de tudo tenha sido uma espécie de ditadura cultural na forma de imposição do que os franceses gostam de chamar de "pensamento único". Qualquer um que ousasse propor algo que não seguisse o receituário neoliberal era logo desqualificado como "jurássico", "ultrapassado" ou com rótulos ainda mais agressivos. Proibiu-se, por exemplo, pensar em moratória na dívida externa. Qualquer país que tentasse esse caminho seria excluído da comunidade planetária e cairia em um inferno econômico sem saída, dizia o "pensamento único". (pág. A2) Colunistas Painel O PFL está jogando pesado contra o lançamento da candidatura de José Serra. Jorge Bornhausen disse a FHC na semana passada que o partido não aceita o ministro e que só desiste do projeto Roseana Sarney se o candidato Tasso Jereissati (CE) ou Geraldo Alckmin (SP). * O PFL não confia em Serra. Além de ter mais afinidade com o PMDB, o ministro é, na visão do partido, extremamente centralizador. Prefere o estilo conciliador de Tasso e Alckmin. (pág. A4) Topo da página

09/09/2001


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