Confiança do consumidor é a mais baixa dos últimos dois anos, diz CNI
A expectativa do consumidor é a mais baixa desde junho de 2009, de acordo com o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), divulgado nesta quinta-feira (30) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice mostra que a confiança do brasileiro recuou 0,3% na comparação com o mês de maio. Em junho, o índice registrou 111,8 pontos e no mês anterior ficou em 112,1 pontos. Quanto mais distante de 100, mais bem avaliado é o item.
Segundo a CNI, o recuo do otimismo é reflexo do cenário econômico e da expectativa de alta da inflação e das taxas de juros e também da contenção do crédito.
A maior parte dos índices que medem o Inec registrou queda em junho. O indicador que teve o maior recuo este mês foi o que avalia a expectativa de desemprego: 40% dos entrevistados disseram acreditar que o desemprego vai aumentar nos próximos meses, enquanto 26% disseram que o desemprego deverá reduzir. Trinta e quatro por cento disseram que não deve mudar.
Outro indicador que também apresentou baixa significativa foi a situação financeira, 49% das pessoas disseram que sua situação deverá ficar igual nos próximos meses. Contudo, 35% dos entrevistados disseram que sua situação financeira deve melhorar nos próximos meses e 16% acreditam que vai piorar.
O indicador que mede a renda pessoal apresentou queda de 0,4% em relação ao mês de maio. Pouco mais da metade dos entrevistados disseram que sua renda vai ficar igual nos próximos meses, 38% acreditam que ela deve aumentar e 11% que ela deve piorar.
O indicador de expectativa de inflação também teve alta em relação ao mês passado: 69% dos entrevistados acreditam que a inflação vai aumentar nos próximos meses. Pouco mais de um quarto dos entrevistados disse que o índice de inflação vai ficar igual ao de hoje e 6% acreditam que vai haver queda.
Quanto ao endividamento, 42% das pessoas disseram que devem continuar com o mesmo número de dívidas dos últimos três meses e 27% acreditam que devem ter um número maior de dívidas. Trinta e dois por cento acham que devem reduzir suas dívidas.
Mais da metade das pessoas acreditam que não haverá aumento de seus bens de alto valor, como carros, 56% disseram que devem continuar com os mesmos bens que têm hoje. Mais de um quarto dos entrevistados acredita em aumento dos seus bens e 17% acreditam em redução.
A pesquisa foi realizada entre os dias 16 e 20 de junho pelo Ibope em parceria com a CNI e entrevistou 2.002 pessoas em várias cidades brasileiras.
Fonte:
Agência Brasil
30/06/2011 16:14
Artigos Relacionados
CGA certificou mais de quatro mil entidades nos últimos dois anos
Em duas décadas haverá mais mudanças que nos últimos dois mil anos, diz cientista
Empresas de call center já receberam mais de R$ 50 milhões em multas nos últimos dois anos
CCT votou 1.853 propostas nos últimos dois anos
Suplicy faz balanço dos últimos dois anos no Senado
Presídios brasileiros receberam investimento de R$ 1,2 bi nos últimos dois anos