Confira os principais desdobramentos da história do cinema nacional



Depois da retomada do cinema brasileiro nos anos 1990, a produção audiovisual está consolidada. A estética dos filmes ganhou o mundo com grandes produções, a cena alternativa ferve e a publicidade ganha prêmios pela inventividade.

Desde 1993, a Lei nº 8.685, conhecida por Lei do Audiovisual, é a política pública que praticamente faz existir toda essa produção. Baseada no modelo da Lei Rouanet, ela permite que patrocinadores do cinema ganhem isenção de até no Imposto de Renda de até 100% da quantia investida. Isso gerou tanto a ascensão recente do cinema nacional quanto críticas de que essas produções seriam de interesse de empresas e da iniciativa privada.

De qualquer forma, a cadeia produtiva audiovisual é das mais complexas. Em geral, há 10 etapas a seguir para chegar a um produto audiovisual: sinopse, argumento, roteiro, story board, decupagem, filmagem, decupagem do material filmado, digitalização, edição e finalização. Os custos de equipamentos e de recursos humanos para cada etapa é altíssimo. Por isso, no Brasil, a Lei do Audiovisual, apesar das críticas, foi necessária naquele momento histórico, e continua sendo mola propulsora.

Antes da Agência Nacional de Cinema (Ancine), órgão que hoje regulamenta o setor no Brasil, houve diversas tentativas, a começar pela Instituto Nacional do Cinema (1966-1975), a Embrafilme (1969-1990) e o Concine (1976-1990). Hoje, além da Ancine, o setor também é responsabilidade da Secretaria do Audiovisual, do Ministério da Cultura.

Um setor que tem se mostrado muito bem-sucedido. A produção de “Cidade de Deus” (2002), filme amplamente premiado no mundo inteiro e indicado ao Oscar, é um marco, principalmente pelo fato de o diretor, Fernando Meirelles, ter sido antes disso um grande nome da publicidade. O Brasil leva anualmente mais de 20 leões no Festival de Cannes, tendo inscrito mais de dois mil trabalhos, uma produção internacional de grande vulto.

Nas bilheterias, os filmes nacionais ainda perdem para produções estrangeiras, principalmente norte-americanas. Mas o público não é de se ignorar. Entre as produções de maior bilheteria, destacam-se “Tropa de Elite 2”, “Se Eu Fosse Você 2”, “Dois Filhos de Francisco”, “Carandiru” e “Nosso Lar”.

Fontes:
Lei nº 8685/93, do Audiovisual
Ancine

 



20/11/2013 18:32


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