Congresso recepciona presidenta do Chile nesta terça-feira



O presidente do Senado, Renan Calheiros, convocou uma sessão solene do Congresso Nacional para esta terça-feira (11), a partir das 16h30, destinada a recepcionar a presidenta da República do Chile, Michelle Bachelet, que aceitou o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e escolheu o Brasil como destino de sua primeira viagem internacional. Ela também é a primeira mulher do Chile e a sexta da América Latina a assumir o cargo de presidenta da república.

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Candidata governista, Michelle Bachelet foi eleita no último dia 15 de janeiro pela frente governista de centro-esquerda Concertación e recebeu a faixa presidencial das mãos do ex-presidente Ricardo Lagos. Bachelet terá um mandato de quatro anos, ao final dos quais a frente Concertación, que também fez a maioria no Congresso, terá completado 20 anos consecutivos no comando do governo chileno.

Na liderança de um país considerado machista e conservador, a eleição da socialista Michelle Bachelet já começou a promover uma mudança cultural que marca o início de uma nova etapa no Chile, após o término do período de transição democrática capitaneada por Ricardo Lagos. A nova presidenta nomeou mulheres para comandar metade do seu ministério.

Entre 1994 e 1997, Bachelet, juntamente com Alejandro Sandoval, exerceu funções como assessora do Ministério da Saúde chileno. Em 1996 ingressou num curso sobre Defesa Continental na Academia de Assuntos Políticos e Estratégicos, onde, devido ao seu bom desempenho e graças ao financiamento de uma bolsa estatal, foi convidada a estudar no Inter-American Defense College em Washington.

Em 1998 trabalhou como assessora do Ministério da Defesa e no dia 11 de março de 2000 foi nomeada ministra da Saúde pelo presidente Ricardo Lagos, que deu-lhe a missão de, num prazo de três meses, acabar com as listas de espera nos hospitais. Bachelet não alcançou esse objetivo, mas conseguiu uma importante redução no tamanho dessas listas. Por causa disso, colocou o seu cargo à disposição, mas o então presidente Ricardo Lagos reafirmou a sua confiança em Bachelet.

Em 2002, devido a mudanças na composição do gabinete ministerial, Bachelet tornou-se a primeira mulher na história republicana do Chile a desempenhar o cargo de ministra da Defesa. Durante a sua permanência no cargo, as pesquisas de opinião revelaram a sua popularidade, o que a qualificou como uma possível candidata às eleições presidenciais.

Em 2005 licenciou-se para disputar as eleições à presidência do Chile e no primeiro turno obteve 45,95% dos votos, contra 25,41% do seu mais próximo rival, Sebastián Piñera. No segundo turno, obteve 53,5% do total dos votos contra 46,5%, convertendo-se na primeira mulher presidente de seu país e a sexta na América Latina depois da nicaragüense Violeta Chamorro, da argentina María Estela Martínez de Perón, da boliviana Lidia Gueiler Tejada, da equatoriana Rosalía Arteaga e da panamenha Mireya Moscoso.

Com 16,2 milhões de habitantes, o Chile é governado por uma coalizão de centro-esquerda desde a queda do ditador Augusto Pinochet em 1990. O país apresenta alguns dos melhores indicadores sócio-econômicos da América do Sul.

A expectativa de vida, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) é de 75 anos para os homens e 81 anos para as mulheres, enquanto no Brasil é de 66 anos (homens) e 74 anos (mulheres). Segundo dados do Banco Mundial, a renda per capita do país, em 2005, foi de US$ 4,910, enquanto a do Brasil no mesmo ano foi de US$ 3,090. A economia do país depende principalmente da exportação de cobre, peixe, frutas, papel e produtos químicos. 



07/04/2006

Agência Senado


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