Conselho de Ética do Senado ouve procuradores novamente
Os dois procuradores foram chamados para o depoimento fechado porque, no dia 14, em reunião aberta, eles se recusaram a comentar o conteúdo da conversa com o senador Antonio Carlos Magalhães, alegando que poderiam, com isso, ferir as normas de conduta da Procuradoria Geral da República. A reunião desta quarta começou às 19h15 e continuava às 22h45, quando os senadores receberam um lanche.
Antes da reunião, o presidente do Conselho de Ética, senador Ramez Tebet (PMDB-MS), admitiu que os senadores poderão fazer uma acareação entre os procuradores Guilherme Schelb, Eliana Torelly e Luiz Francisco de Souza, que depôs também no último dia 14.
A deixar a sala do Conselho de Ética, antes de encerrados os depoimentos da noite desta quarta (dia 28), o senador Bello Parga (PFL-MA), afirmou em entrevista à imprensa que o procurador Guilherme Schelb havia dito aos senadores que "uma parte" da reportagem da IstoÉ "não era fidedigna". Parga disse ainda que o procurador sustentou ter ouvido do senador Antonio Carlos Magalhães que possuía uma "relação" ou "lista" com os votos da sessão que cassou Luiz Estevão. Acrescentou que o procurador Schelb negou que o senador Antonio Carlos tenha dito que uma investigação em torno de Eduardo Jorge Caldas Pereira, ex-secretário-geral da Presidência da República, fosse chegar ao presidente Fernando Henrique Cardoso. "Isso o procurador não confirmou", disse Bello Parga.
28/03/2001
Agência Senado
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