Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ouve procuradores e repórteres da revista IstoÉ
Com a audiência, o presidente do Conselho de Ética, senador Ramez Tebet (PMDB-MS), pretende iniciar a apuração, dentro do colegiado, sobre se houve violação do painel eletrônico de votação do Senado e quebra de decoro parlamentar por parte do ex-presidente da Casa.
Segundo a reportagem publicada pela revista, o senador pela Bahia teria afirmado aos procuradores que teve conhecimento dos votos dados pelos senadores na votação secreta que resultou na cassação do mandato do então senador Luiz Estevão. Vários outros assuntos foram abordados na conversa entre Antonio Carlos e os integrantes do Ministério Público, mas, conforme esclareceu Tebet, o interesse do Conselho de Ética limita-se à suposta violação do painel, por implicar, caso comprovada, quebra de decoro parlamentar.
Além dos jornalistas e dos procuradores, Tebet considera importante ouvir também o ex-presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães. O senador tem a prerrogativa de definir a data em que prestará seus esclarecimentos. Outras audiências, segundo o presidente do Conselho de Ética, dependerão do relator do processo de investigação, que deverá ser designado nesta quarta-feira. Enquanto isso, Tebet instruirá a fase inicial do processo, que consta da coleta de depoimentos, conforme prerrogativa que o cargo de presidente do Conselho lhe assegura.
Além de Tebet e do senador Romeu Tuma (PFL-SP), que, por ser corregedor do Senado, é membro nato, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar é integrado pelos seguintes senadores: pelo PMDB, senadores Nabor Júnior (AC), Ney Suassuna (PB), Casildo Maldaner (SC) e Amir Lando (RO); pelo PFL, Juvêncio da Fonseca (MS), Geraldo Althoff (SC), Francelino Pereira (MG) e Paulo Souto (BA); pelo PSDB, José Roberto Arruda (DF), Osmar Dias (PR) e Lúcio Alcântara (CE); e pelo Bloco Oposição, Heloísa Helena (PT-AL), Jefferson Péres (PDT-AM) e Lauro Campos (PT-DF).
13/03/2001
Agência Senado
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