Conselho de Ética vai investigar patrimônio de Renan e obras da Mendes Júnior
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado investigará a evolução patrimonial do presidente do Senado, Renan Calheiros, entre os anos de 2002 e 2006, bem como as obras realizadas pela empresa Mendes Júnior com recursos do Orçamento, no mesmo período. A informação foi prestada pelo presidente do colegiado, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), após reunião realizada na manhã desta quinta-feira (5) com os senadores Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES) com a finalidade de definir o cronograma de trabalho a ser seguido no processo por quebra de decoro movido pelo PSOL contra o presidente da Casa, senador Renan Calheiros.
O Conselho de Ética ainda facultará ao presidente Renan a oportunidade de se manifestar - pessoalmente ou por intermédio de outra pessoa. Quintanilha disse ainda que, além das medidas a serem colocadas em prática no próprio Senado, o colegiado também discutiria com a Polícia Federal formas de aprofundamento das investigações que estão sendo feitas pela instituição em relação ao caso, o que foi feito ainda na manhã desta quinta.
Na opinião do senador Renato Casagrande, a presença de Renan no Conselho ou a resposta que ele puder apresentar aos integrantes do colegiado, em relação às investigações, será importante e poderá esclarecer dúvidas. Mais importante do que isso, no entanto, na opinião do senador, são as provas documentais, o resultado da perícia da Polícia Federal e as investigações internas.
- Cabe a Renan escolher se vai pessoalmente ou não. Acho que ele vai preferir ir ao Conselho de Ética pessoalmente e participar deuma sessão de esclarecimento - observou Casagrande.
O prazo para conclusão das investigações, ressaltou Quintanilha, dependerá da necessidade dos peritos em seus trabalhos. O presidente do Conselho de Ética disse que esses profissionais terão o prazo necessário para que apresentem resultados conclusivos. Quanto à possibilidade de o conselho trabalhar durante o recesso parlamentar, o presidente do colegiado disse que essa decisão cabe aos líderes da Casa.
O senador Almeida Lima (PMDB-SE), que também é relator da matéria, não pôde participar da reunião por problemas de saúde.
05/07/2007
Agência Senado
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