Conselho vai escolher cinco mulheres que serão agraciadas com o prêmio Bertha Lutz



Na próxima terça-feira (3), a partir das 11h30, o Conselho do Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz vai selecionar as cinco candidatas que serão agraciadas este ano, no Plenário do Senado, por terem se destacado na defesa dos direitos da mulher e na luta por uma sociedade justa e igualitária. Na reunião desta terça-feira (27), os nove integrantes que compõem o conselho iniciaram a análise das indicações. Ao total, foram apresentados 45 currículos, encaminhados por parlamentares e entidades, como sindicatos e agremiações de classe.

O prêmio, entregue anualmente, foi criado pela Resolução nº 2, de 2001, do Senado, e esta é a terceira vez que vai ocorrer a premiação.

A mulher que recebeu o maior número de indicações (12), incluindo a da senadora Roseana Sarney (PFL-MA), foi a escritora, farmacêutica-química e microbiologista Palmerinda Donato. Na lista aparece também o nome da pedagoga Maria Aparecida Schumaher; da militante política Clara Charf; da lavradora Joana da Cruz Santos; da pianista, compositora e poeta Lindalva Cruz e de Creuza Maria Oliveira, presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad).

Durante a reunião do conselho, presidido pela senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), o vice-presidente do colegiado, senador Geraldo Mesquita Júnior (PSB-AC), voltou a destacar a importância da concessão da premiação. Segundo ele, o Diploma Bertha Lutz, desde que seja entregue a pessoas que realmente lutem por uma sociedade melhor, "pode se tornar um instrumento de novas conquistas para as mulheres".

O senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) sugeriu que, no próximo ano, cada estado, depois de ouvir entidades representativas, indique as mulheres a serem agraciadas com o Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz. A senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) apoiou a proposta. Atualmente, qualquer entidade ligada à promoção e valorização da mulher, governamental ou não, pode apresentar candidatas ao prêmio.

A bióloga e advogada Bertha Lutz foi uma das primeiras brasileiras a criar, em 1918, um movimento de luta pelos direitos femininos, a começar pela garantia de a mulher votar. Depois de participações em congressos, ligas e organizações pelo mundo durante a década de 20, Bertha Lutz viu em 1932 o então presidente Getúlio Vargas aprovar o novo Código Eleitoral, concedendo o direito de voto às mulheres. Ela também trabalhou por mais de 40 anos como pesquisadora científica na área de zoologia e foi a responsável pela descoberta de dezenas de espécies anfíbias, deixando o seu nome nos círculos da ciência internacional.



27/01/2004

Agência Senado


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